sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O Santíssimo Sacramento da Eucaristia e o Sacramento da Confissão

"O amor à Eucaristia leva a apreciar cada vez mais também o sacramento da Reconciliação. Por causa da ligação entre ambos os sacramentos, uma catequese autêntica acerca do sentido da Eucaristia não pode ser separada da proposta dum caminho penitencial."
(Papa Bento XVI).
"Constatamos — é certo — que, no nosso tempo, os fiéis se encontram imersos numa cultura que tende a cancelar o sentido do pecado, favorecendo um estado de espírito superficial que leva a esquecer a necessidade de estar na graça de Deus para se aproximar dignamente da comunhão sacramental. Na realidade, a perda da consciência do pecado engloba sempre também uma certa superficialidade na compreensão do próprio amor de Deus. É muito útil para os fiéis recordar-lhes os elementos que, no rito da Santa Missa, explicitam a consciência do próprio pecado e, simultaneamente, da misericórdia de Deus.

Além disso, a relação entre a Eucaristia e a Reconciliação recorda-nos que o pecado nunca é uma realidade exclusivamente individual, mas inclui sempre também uma ferida no seio da comunhão eclesial, na qual nos encontramos inseridos pelo Baptismo. Por isso, como diziam os Padres da Igreja, a Reconciliação é um baptismo laborioso (laboriosus quidam baptismus), sublinhando assim que o resultado do caminho de conversão é também o restabelecimento da plena comunhão eclesial, que se exprime no abeirar-se novamente da Eucaristia.

ALGUNS CUIDADOS PASTORAIS

(...) É dever pastoral do bispo promover na sua diocese uma decisiva recuperação da pedagogia da conversão que nasce da Eucaristia e favorecer entre os fiéis a confissão frequente. Todos os sacerdotes se dediquem com generosidade, empenho e competência à administração do sacramento da Reconciliação. A propósito, procure-se que, nas nossas igrejas, os confessionários sejam bem visíveis e expressivos do significado deste sacramento. Peço aos pastores que vigiem atentamente sobre a celebração do sacramento da Reconciliação, limitando a prática da absolvição geral exclusivamente aos casos previstos, permanecendo como forma ordinária de absolvição apenas a pessoal.

Vista a necessidade de descobrir novamente o perdão sacramental, haja em todas as dioceses o Penitenciário. Por último, pode servir de válida ajuda para a nova tomada de consciência desta relação entre a Eucaristia e a Reconciliação uma prática equilibrada e conscienciosa da indulgência, lucrada a favor de si mesmo ou dos defuntos. Com ela, obtém-se "a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados, cuja culpa já foi apagada".

(Bento XVI, na Exortação Apostólica pós-sinodal "SACRAMENTUM CARITATIS", 2007)

Ensina-nos a Santa Igreja que, para sermos dignos de bem comungar o Santíssimo e Verdadeiro Corpo e Sangue de Nosso Senhor, o Deus Altíssimo, Soberano do Céu e da Terra, presente na Hóstia Consagrada, são exigidas três disposições:

1. Estar na graça de Deus.

Quer dizer, limpos do pecado mortal.Sem esta disposição, não podemos nunca abeirar-nos da mesa da comunhão! Ninguém pode aproximar-se para comungar, por muito arrependido que pareça estar, se antes não tiver confessado os pecados mortais. O pecado venial não impede a comunhão, mas é lógico que tenhamos desejos de receber a Jesus com a alma muito limpa; por isso a Igreja aconselha a que se confesse com frequência, ainda que não tenhamos pecados mortais. Se alguém se aproximasse para comungar em pecado mortal, cometeria um sacrilégio. Comungar em pecado mortal é um pecado gravíssimo!

2. Guardar o jejum eucarístico.

Ou seja, não ter comido nem bebido desde uma hora antes de comungar; a água e os medicamentos não quebram o jejum. Os idosos e doentes - e aqueles que cuidam deles - podem comungar ainda que não tenha passado uma hora depois de ter tomado algo.

3. Saber a Quem se recebe.

Posto que se recebe o próprio Deus neste sacramento, não podemos aproximar-nos para comungar sem noção do que vamos fazer, porque os outros fazem,ou para que nos vejam, porque fica bem, ou por mera rotina. Temos de fazê-lo para corresponder ao desejo de Jesus de encontrarmos na Sagrada Comunhão um remédio para a nossa fraqueza. Devemos receber Nosso Senhor, humildemente escondido nas aparências do pão, com a consciência de que O vamos receber realmente em Corpo, Alma e Divindade, tão real e perfeito como está no Céu.

℣. Bendito e louvado seja o Santíssimo Sacramento da Eucaristia.
℟. Fruto do ventre Sagrado da Virgem Puríssima, Santa Maria.

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