quinta-feira, 14 de maio de 2009

Palavras (por vezes) difíceis de dizer...

Uma pessoa é como é... Cada um é único no mundo...

Pessoalmente, considero-me uma pessoa extrovertida, sociável, que se adapta bem e "agarra-se" aos sítios e pessoas que conhece. Isto pode ser muito bom e muito mau ao mesmo tempo...

Quando saí do norte para ir estudar para Coimbra, custou-me um pouco ver-me naquele ambiente estranho, com pessoas estranhas, com as Praxes e os "Doutores" a lixarem-me a cabeça. Umas semanas depois, já conhecia inúmeras pessoas naquela linda Cidade. Ia a casa de fim-de-semana cada vez menos frequentemente. Até que no 3º ano, era eu membro da Comissão de Praxe. Grandiosos momentos passados na Cidade dos Amores... Para nunca mais esquecer na vida! Com o final do Curso, ainda em Maio, já nos sentíamos nostálgicos por deixar Coimbra.

Com o fim do Curso, felizmente, tive a oportunidade de vir trabalhar para esta região do litoral Centro-Sul do nosso país. Foram duas semanas de tormentos, em que me sentia completamente deslocado aqui, mesmo com pessoas conhecidas que vieram ao mesmo tempo que eu. Não adiantava ir à praia (e tenho tantas aqui à volta!...), sair à noite, etc... Queria Coimbra! Queria tudo o que deixei de ter: as pessoas, os antigos colegas, queria até voltar para casa dos pais... Tudo menos estar aqui...

Nunca gostei muito de mudanças, confesso... Se as coisas estão bem, para quê mudar?

Com o tempo, fui conhecendo pessoas por cá, colegas que se tornaram amigos... Até que um grupo de amigos, com pessoas muito especiais, se formou...

A saber:

O Miguel,
A Diana
A Ana,
A Sónia,
...

Porque, lá por eu não gostar, as mudanças fazem parte da vida... E sei que um dia, iremos mudar... Pelo menos de sítio de trabalho... De nós todos, apenas o Miguel é daqui... Nós estamos cá "emprestados"... No entanto, alguns de nós já sentimo-nos cm se fôssemos de cá... No meu caso, é quase um ano a viver nesta terrinha, entre Torres Vedras e Mafra, à beira-mar construída, onde nada se passa, onde nada está à mão, perdida no meio das colinas que vão esbarrar no mar... Mas onde estão eles... Só isso dá uma beleza encantadora a esta terra!

No entanto, antes de pensar no futuro, quero concentrar-me no presente. Porque, hoje, é o presente que me importa. O passado já foi; o futuro, sabemos nós se virá...!

O presente é aqui e é agora. É a esse que me quero agarrar...

Com feitios completamente diferentes, cada um com pior feitio que outro, lá nos temos aturado e conseguido fazer desta terra um sítio agradável para morarmos, que chega a deixar saudades quando nos afastamos...

Tantos momentos excelentes...

...de diversão...

Desde as idas à praia, após os dias (e as noites!) de trabalho;
A escalada nas rochas na praia e a apanha ao polvo e aos peixinhos;
As noites passadas a beira-mar com umas garrafinhas de Licor Beirão e umas minis;
Os jantares improvisados à última da hora;
Os torneios de Sueca, ao serão;
As noitadas que acabam de manhã a dormir numa praia perto de nós...

...de partilha de problemas...

Desde os "stresses" com a família de alguém:
O cansaço e os problemas do trabalho;
A confusão que vai na cabeça de um amigo, de uma amiga ou na minha;
Os desabafos sobre o que nos preocupa, no presente e no futuro...

...de companheirismo...

O ir ajudar alguém à Unidade, quando a coisa se complica, numa folga, apenas por solidariedade;
As viagens até Lisboa, para fazer companhia a quem não quer fazer a viagem sozinho;
O estar morto de cansaço e ir beber um copo, porque se sabe que há esse alguém que precise, mesmo quando ele não dá a perceber;
O ir a Mac Donald's à 1h da manhã porque há um amigo que anda a suspirar por um Big Mac há 2 meses;

...das chatices...

Porque há os (as) se "cortam" e nos deixam pendurados quando é para sair;
O silêncio quando é para combinar algo e afinal, nada se combina;
Os amuos e os "descarregamentos" (quase sempre sem razão) por causa de mal-entendidos que acabam por ser resolvidos;

Enfim, um sem número de coisas...que fazem parte e que acabam por serem saudáveis para o crescimento do espírito de grupo :)

Talvez por não ter irmãos, por ter de aprender desde muito cedo a brincar, a passar tempo ou a desenrascar-me sozinho, nunca fui muito de dizer certas coisas que sinto aos outros... Quando o disse, ainda em Coimbra, foi a desilusão... Talvez porque as pessoas que escolhi para desabafar foram, na verdade, companheiros de copos e de divertimento... Nunca o resto...

Sempre, e depois ainda mais, me foi difícil dizer:

"Adoro-te, amigo!"

"Gosto muito de ti!"

"Fazes-me bem!"

"Gosto de estar contigo!"

"Não me deixes, não me quero separar de ti"

"É por pessoas como tu que dá gosto continuar aqui..."

etc...

São frases que sempre me foram difíceis de dizer. Talvez por medo da reacção dos outros... Talvez com um pé atrás para não passar por "lamechas"... Talvez porque não quero mesmo demonstrar na verdade o que sinto, por mecanismo de defesa...

Não sei...

Só sei que, a estes, não me importo de ser chato e de o repetir muitas vezes, tantas quantas eu quiser...

Simplesmente porque merecem, por serem quem são e como são...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Nossa Senhora do Rosário de Fátima, salvai-nos e salvai Portugal!


A treze de Maio
Na Cova da Iria,
Apareceu brilhando
A Virgem Maria.


Avé, Avé, Avé Maria!
Avé, Avé, Avé Maria!

A Virgem Maria
Cercada de luz,
Nossa Mãe bendita
E Mãe de Jesus.

Foi aos pastorinhos,
Que a Virgem falou,
Desde então nas almas,
Nova luz brilhou.

Com doces palavras,
Mandou-nos rezar,
A Virgem Maria,
Para nos salvar.

Mas jamais esqueçam,
Nossos corações,
Que nos fez a Virgem,
Determinações.

Falou contra o luxo,
Contra o impudor,
De modestas modas,
De uso pecador.

Disse que a pureza,
Agrada a Jesus,
Disse que a luxúria,
Ao fogo conduz.

A treze de Outubro,
Foi o seu adeus,
E a Virgem Maria,
Voltou para os céus.

À Pátria que é vossa,
Senhora dos Céus,
Dai honra, alegria
E a graça de Deus.

À Virgem bendita,
Cante seu louvor,
Toda a nossa terra,
Um hino de amor.

Todo o mundo A louve,
Para se salvar,
Desde o vale ao monte,
Desde o monte ao mar.

Ah! Demos-Lhe graças,
Por nos dar seu bem,
À Virgem Maria,
Nossa querida Mãe!

E para pagarmos,
Tal graça e favor,
Tenham nossas almas,
Só bondade e amor.

Avé, Virgem Santa,
Estrela que nos guia,
Avé, Mãe da Pátria.
Oh! Virgem Maria!

Oração:
Nossa Senhora de Fátima, que viestes chamar-nos a todos à conversão, à oração e à penitência, ajudai-nos a fazer de Cristo, vosso adorável filho, o centro da nossa vida e a medida de todas as coisas. Rainha santa do Universo, intercedei por todos os vossos filhos que peregrinam sobre a Terra.

Oração retirada do blog TRADIÇÃO CATÓLICA (www.emdefesadelefebvre.blogspot.com)

Francisco e Jacinta, rogai por nós!

Nossa Senhora de Fátima, salvai o mundo que em Vós confia!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Salve, Rainha!

Senhora, um dia descestes,
À terra que em Vós confia,
Descestes à Serra d'Aire,
Em plena Cova da Iria.

Salve Regina!
Salve Regina!
Ora pro nobis, Maria!

Nas mãos trazíeis o Terço,
Que pende da Vossa Imagem!
Na fronte uma estrela de ouro,
Nos lábios doce mensagem!

Falando a três Pastorinhos
De cima de uma azinheira,
Pregastes a penitência
Aos povos da terra inteira.

Pedistes que nos uníssemos
Em oração e concórdia
Com pena dos pecadores,
Ó Mãe de misericórdia!

Olhai, ó Virgem do Céu,
O mundo que pede luz.
Bendita sejais, Senhora!
Bendito seja Jesus!

Bendizemos o Teu nome, Maria Santíssima!

Bendizemos o Teu nome,
Mãe do Céu, Virgem Maria!
Bendizemos à porfia
Do Teu Filho salvador.

Aqui vimos, Mãe querida,
Consagrar-te o nosso amor!

Esmagaste, ó Virgem Santa,
Toda bela, Imaculada,
A cabeça envenenada
Do dragão enganador.

Todo o mundo, ó Mãe bendita,
Cheio está de Tuas glórias!
De perpétuas memórias
De Teu nome e Teu louvor.

Advogada poderosa,
O universo em Ti confia!
Porque és Tu refúgio e guia,
Para o justo e o pecador.

És conforto dos aflitos,
És das graças dispenseira.
És da paz a mensageira,
Nossa esperança e nosso amor!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Com os peregrinos de Fátima, cantemos à Virgem Santíssima!

Caminhos de bênção,
Andados por bem,
Exortam as almas
a ir mais além.



Cantemos à Virgem,
Que os passos nos guia:
Salve, Rainha!
Salve, Rainha!
Avé Maria!

Os sinos da torre,
Dão horas de luz.
Do Alto nos fala
A Mãe de Jesus.

Peregrinos se juntam
Aos pés da azinheira
Se Fátima é fogo
Jesus é a fogueira.

*

Por Cristo, em Cristo,
Que o mundo abraça,
Salvai o mundo,
Que em Vós confia!

Avé Maria, cheia de Graça!
Avé Maria! Avé Maria!

Senhora, nós Vos louvamos!


Senhora, nós Vos louvamos,
Em dor e amor, noite e dia.
Senhora, nós Vos louvamos!

Hossana, Hossana, Rainha de Portugal!
Hossana, Hossana, Virgem Maria.

Senhora, nós Vos rezamos,
Quem Vos reza em Vós confia.
Senhora, nós Vos rezamos!

Senhora, nós Vos cantamos,
Causa da nossa alegria.
Senhora, nós Vos cantamos!

Senhora, nós Vos aclamamos,
No Altar da Cova da Iria.
Senhora, nós Vos aclamamos!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Maio, mês de Maria

Sancta Maria, ora pro nobis!



Salve, ó Senhora Santa, Rainha Santíssima,Mãe de Deus, ó Maria, que sois Virgem feita igreja, eleita pelo Santíssimo Pai celestial, que vós consagrou por seu Santíssimo e dilecto Filho e o Espírito Santo Paráclito.
Em vós residiu e reside toda plenitude da graça e todo o bem.
Salve, ó palácio do Senhor!
Salve, ó tabernáculo do Senhor!
Salve, ó morada do Senhor!
Salve, ó manto do Senhor!
Salve, ó serva do Senhor!
Salve, ó mãe do Senhor!
E salve vós todas, ó santas virtudes derramadas, pela graça e iluminação do Espírito Santo, nos corações dos fiéis, transformando-os de infiéis em fiéis servos de Deus!
Amen.


"O mês de Maio anima-nos a pensar e falar de modo especial sobre Ela. Com efeito, este é o Seu mês. Assim, portanto, o período do ano litúrgico e ao mesmo tempo o mês corrente chamam e convidam os nossos corações a abrirem-se de maneira singular para Maria.
(João Paulo II, Audiência geral, 2 de Maio de 1979).

Fala-nos São Josemaria:

Canta diante da Virgem Imaculada, recordando-Lhe: Ave, Maria, Filha de Deus Pai; Ave, Maria, Mãe de Deus Filho; Ave, Maria, Esposa de Deus Espírito Santo... Mais do que tu, só Deus!(Caminho, 496)
De uma maneira espontânea, natural, surge em nós o desejo de conviver com a Mãe de Deus, que é também nossa mãe; de conviver com Ela como se convive com uma pessoa viva, porque sobre Ela não triunfou a morte; está em corpo e alma junto a Deus Pai, junto a seu Filho, junto ao Espírito Santo. Para compreendermos o papel que Maria desempenha na vida cristã, para nos sentirmos atraídos por Ela, para desejar a sua amável companhia com filial afecto, não são precisas grandes especulações, embora o mistério da Maternidade divina tenha uma riqueza de conteúdo sobre a qual nunca reflectiremos bastante.

A fé católica soube reconhecer em Maria um sinal privilegiado do amor de Deus. Deus chama-nos, já agora, seus amigos; a sua graça actua em nós, regenera-nos do pecado, dá-nos forças para que, entre as fraquezas próprias de quem é pó e miséria, possamos reflectir de algum modo o rosto de Cristo. Não somos apenas náufragos que Deus prometeu salvar; essa salvação já actua em nós. A nossa relação com Deus não é a de um cego que anseia pela luz mas que geme entre as angústias da obscuridade; é a de um filho que se sabe amado por seu Pai. Dessa cordialidade, dessa confiança, dessa segurança, nos fala Maria. Por isso o seu nome vai tão direito aos nossos corações. A relação de cada um de nós com a nossa própria mãe pode servir-nos de modelo e de pauta para a nossa intimidade com a Senhora do Doce Nome, Maria.

Temos de amar a Deus com o mesmo coração com que amamos os nossos pais, os nossos irmãos, os outros membros da nossa família, os nossos amigos ou amigas. Não temos outro coração. E com esse mesmo coração havemos de querer a Maria. Como se comporta um filho ou uma filha normal com a sua Mãe? De mil maneiras, mas sempre com carinho e confiança. Com um carinho que se manifestará em cada caso de determinadas formas, nascidas da própria vida, e que nunca são algo de frio, mas costumes muito íntimos de família, pequenos pormenores diários que o filho precisa de ter com a sua mãe e de que a mãe sente falta, se o filho alguma vez os esquece: um beijo ou uma carícia ao sair ou ao voltar a casa, uma pequena delicadeza, umas palavras expressivas...

Nas nossas relações com a nossa Mãe do Céu, existem também essas normas de piedade filial, que são modelo do nosso comportamento habitual com Ela. Muitos cristãos tornam seu o antigo costume do escapulário; ou adquirem o hábito de saudar (não são precisas palavras; o pensamento basta) as imagens de Maria que há em qualquer lar cristão ou que adornam as ruas de tantas cidades; ou dão vida a essa oração maravilhosa que é o Terço, em que a alma não se cansa de dizer sempre as mesmas coisas, como não se cansam os enamorados, e em que se aprende a reviver os momentos centrais da vida do Senhor; ou então habituam-se a dedicar à Senhora um dia da semana – precisamente este em que estamos reunidos: o sábado – oferecendo-lhe alguma pequena delicadeza e meditando mais especialmente na sua maternidade.
(Cristo que passa, 142)

Maria Santíssima, Mãe de Deus, passa despercebida, como uma qualquer, entre as mulheres do seu povo. Aprende d’Ela a viver com «naturalidade».
(Caminho, 499)

São José Operário

São José, rogai por nós.

"O primeiro de Maio, considerado hoje na Europa o dia da «Festa do trabalho», foi, durante muitos anos, nos fins do século XIX e princípios do século XX, um dia de reivindicações e mesmo de lutas violentas pela promoção da classe operária.

A Igreja que se mostrou sempre sensível aos problemas do mundo do trabalho, quis dar uma dimensão cristã a este dia. Nesse sentido, Pio XII, em 1955, colocava a «Festa do trabalho» sob a protecção de S. José, na certeza de que ninguém melhor do que este trabalhador poderia ensinar aos outros trabalhadores a dignidade sublime do trabalho.

Operário durante toda a sua vida, S. José teve como companheiro de trabalho, na oficina de Nazaré, o próprio Filho de Deus, Jesus Cristo.E foi, na verdade, Jesus que lhe ensinou que o trabalho nos associa ao Criador, dando-nos a possibilidade de aperfeiçoar a natureza, de acabar a criação divina. O trabalho é um serviço prestado aos irmãos. O trabalho é um meio de nos associarmos à obra redentora de Cristo."

(Gaudium et Spes, 67).

Fala-nos São Josemaria Escrivá:

"Às vezes, quando se tratava de pessoas mais pobres do que ele, José trabalharia aceitando alguma coisa de pouco valor, que deixava a outra pessoa com a satisfação de pensar que tinha pago. Normalmente José cobraria o que fosse razoável; nem mais nem menos. Saberia exigir o que em justiça lhe era devido, já que a fidelidade a Deus não significa renúncia a direitos que na realidade são deveres; S. José tinha de exigir o que era justo, porque tinha de sustentar a família que Deus lhe tinha confiado, com a recompensa desse trabalho.

A exigência dos nossos direitos não deve ser fruto de um egoísmo individualista. Não se ama a justiça se não se deseja vê-la também cumprida para com os outros. Como também não é lícito encerrar-se numa religiosidade cómoda, esquecendo as necessidades dos outros. Quem deseja ser justo aos olhos de Deus também se esforça para que a justiça se realize de facto entre os homens. E não apenas. pelo bom motivo de que o nome de Deus não seja injuriado, mas porque ser cristão significa captar e corresponder a todos os anseios nobres do homem. Parafraseando um texto conhecido, do Apóstolo S. João, pode-se dizer que mente quem afirma que é justo com Deus mas não é justo com os outros homens; e a verdade não habita nele.

Como todos os cristãos que viveram aquele momento, recebi com emoção e alegria a decisão de festejar a festa litúrgica de S. José Operário. Esta festa, que é uma canonização do valor divino do trabalho, mostra como a Igreja, na sua vida colectiva e pública, se fez eco das verdades centrais do Evangelho, que Deus quer que sejam especialmente meditadas nesta nossa época."

Livro Cristo que Passa - Na Oficina de José, ponto 52