sábado, 28 de fevereiro de 2009

Rezemos por Bento XVI

"Tu es Petrus et super hanc petram ædificabo ecclesiam meam et portæ inferi non prævalebunt adversus eam. Et tibi dabo claves regni cælorum." (Matthaeum 16, 18-19).

Foi com estas palavras que Jesus Cristo confiou a Simão Pedro a Sua Igreja. Nos dias de hoje, com estas mesmas palavras, Ele confia o leme da Igreja ao Santo Padre Bento XVI, sucessor legítimo do Apóstolo São Pedro.

O Santo Padre Bento XVI, gloriosamente reinante, não tem tido um pontificado facilitado. Desde líderes judeus (os eternos inconsoláveis da humanidade), muçulmanos, teólogos que se denominam católicos, "fiéis" católicos e até Bispos e Cardeais, muitos são os que publicamente contestam e criticam as decisões, posturas, palavras e discursos do Sumo Pontífice. No que respeita aos judeus, muçulmanos, hindus, ou budistas, penso que pouco eco deverão ter as críticas, uma vez que, se não reconhecem a Religião Católica como a única e verdadeira Religião e a única Igreja de Cristo, fora da qual ninguém se salva, nem se deviam preocupar em opinar sobre certos e determinados assuntos internos da Igreja. Falo destes, já que em outros assuntos sociais e de interesse mundial têm o mesmo direito de opinião, tal como a Igreja Católica.

Já com os outros, bem, com os outros a situação é preocupante na medida em que são ataques vindos de dentro da própia Igreja. E esses são os que fazem mais estragos. Um míssil aéreo que atinja uma nau, poderá atingir apenas o casco, fazer alguns danos, mas nunca tão profundos como a explosão de uma bomba no interior da nau. Infelizmente, as críticas ao Santo Padre tornam-se mais fortes no interior da barca de Pedro. Esses sim, fazendo grandes estragos e lançando o escândalo e a confusão entre os fiéis.

Há já críticas, vindas de dentro, de um pontificado autoritário, centrado no Papa e nada democrático. A elas respondo: Deo gratias! Seja autoritário (o mundo é averso ao autoritarismo. Todos querem mandar. Já ninguém sabe obedecer), centrado na pessoa que Deus escolheu para governar a Sua Igreja e nada democrático, onde o povo seria rei, todos mandariam e ninguém se entenderia. E, consequentemente, o relativismo iria infiltrar-se (ainda mais desastrosamente) na Igreja.
São estes "católicos" que não são quentes nem frios e a quem a Verdade pouco importa (ou talvez incomode!) que instalam a confusão, o erro e a divisão. De tão "ecuménicos" que querem ser, levam a uma profunda divisão na Igreja e, em algus casos, manifestam-se directa e publicamente contra o Papa. Sempre disse que tolerava mais um ateu ou um não-católico convicto do que um católico morno.

Ao quarto ano de reinado, torna-se cada vez mais claro o porquê de, no início do seu pontificado, o Santo Padre pedir a todos os fiéis para que rezassem por ele, para que não tenha medo e não fuja diante dos lobos.
E cada vez mais esses lobos se fazem ouvir... Uivando cada vez mais alto...

Rezemos pelo Papa:

Ó Jesus cabeça invisível da Santa Igreja, que a fundastes sobre uma firme pedra, e prometestes que as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela, conservai, fortificai e guiai aquele que lhe destes por cabeça visível. Fazei que ele seja o modelo do vosso rebanho, assim como é o seu pastor. Seja ele o primeiro por sua santidade, doutrina e paciência, assim como o é por sua dignidade; seja ele o digno Vigário de vossa Caridade, assim como o é da vossa Autoridade.

Inspirai-lhe um zelo ardente de vossa glória, da salvação das almas e da santa religião. Dai-lhe coragem invencível para combater os inimigos de vosso Santo Nome, e uma firmeza inabalável, para se opor aos estragos do erro e da impiedade. Dai-lhe a plenitude do vosso espírito, para conduzir a barca agitada de vossa Santa Igreja através dos escolhos que a cercam.

Consolai o seu coração aflito, sustentai sua alma abatida, fazei voltarem suas ovelhas desgarradas. Ajudai-o a levar o peso de sua alta dignidade e de todos os trabalhos que a acompanham. Dignai-Vos, ó meu Deus, escutar benigno os votos que Vos dirigimos por ele, e concedei-lhe longos anos, para aumentar a vossa glória e o triunfo da vossa Santa Religião.

V. Oremos pelo nosso Sumo Pontífice Bento XVI;
R. O Senhor o conserve, vivifique e beatifique na terra, e não o entregue nas mãos dos seus inimigos. Amém.

Pater noster, qui es in caelis,Sanctificétur nomen tuum,Advéniat regnum tuum,Fiat volúntas tua,sicut in caelo, et in terra. Panem nostrum quotidiánum da nobis hódie.Et dimítte nobis débita nostra,sicut et nos dimíttimus debitóribus nostris. Et ne nos indúcas in tentatiónem. Sed líbera nos a malo. Amen.

Ave María, grátia plena,Dóminus tecum,benedícta tu in muliéribus,et benedíctus fructus ventris tui Jesus. Sancta María, Mater Dei,ora pro nobis peccatóribus,nunc et in hora mortis nostrae. Amen.

Gloria Patri et Fílio et Spirítui Sancto. Sicut erat in princípio et nunc et semper. Et in sáecula saeculórum. Amen.

Jesus, Nosso Senhor, cobri com a protecção do vosso divino Coração o nosso Santíssimo Padre Bento XVI e sede a sua luz, a sua força e o seu consolo.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Não Matarás

"Não matar, nem de qualquer outro modo causar dano, no corpo ou na alma, a si mesmo ou ao próximo" - 5º Mandamento da Lei de Deus.

Os mandamentos não são regras do passado que já não se aplicam, não foram inventados pelos homens e, como tal, não passam de moda. Este mandamento é claro: Não causar dano ao nosso corpo ou ao de outrem, nem (o que é mais grave) à nossa alma ou à de alguém.

Este mandamento anda muito esquecido por esse mundo fora. Portugal também já se esqueceu dele há uns tempos, oficializando esse desprendimento da Lei de Deus quando fabricou a nojenta lei dos homens que despenaliza o aborto.

Agora, o nosso governo, fiel à sua tendência imoral, quer legalizar a eutanásia, entre outros absurdos que oportunamente serão tratados aqui.

O que se pretende então é disseminar a cultura da morte por tudo o que é mundo. Sinceramente, não sei se estes personagens têm mesmo vácuo no lugar do cérebro ou se, pura e simplesmente, têm a vontade demoníaca de acabar com os valores cristãos e destruir a sociedade. O que me espanta e me irrita um pouco é haver pessoas aparentemente bem formadas e inteligentes que não vêem a anormalidade que está a ser preparada.

Acredito que muitos possam ser iludidos. Porquê? Porque essas ideias malignas são apresentadas com toda a pompa, mascaradas de ideias muito boas, em nome do progresso. Chamam-se eufemismos. Quando alguém perguntar o que é um eufemismo, o nosso país é o exemplo mais indicado para o perceber:

Eufemismo 1 - IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez): Este dá vómitos. Três palavrinhas aparentemente inofensivas que mascaram o pior massacre e infanticídio que se pode realizar. Em nomes de "direitos da mulher", "direitos reprodutivos", "gravidezes indesejadas e não planeadas", acaba-se com o direito fundamental: o direito a vida de uma pessoa acabada de se formar. 2000 anos depois, de novo Herodes ordena a matança dos inocentes. Não percebo como tantos se preocupam com o Holocausto, com os genocídios em África, com crianças a morrer à fome e à sede, crianças que são mortas depois de violadas, crianças doentes, etc... e não se aperecebem (até batem palmas) do grave infanticídio diário que ocorre nas clínicas que praticam o aborto (eufemismo para matadouro) dos seus próprios países

Incompreensível.

"Mas só aborta quem quer!" Dizem alguns. Certo, só aborta quem quer. Toda a gente tem o direito de fazer asneiras. O desastroso é haver uma lei que não "penalize" (eufemismo para castigar, ou seja, a cadeia) quem decide matar o próprio filho e quem neste assassinato colabore.

Eufemismo 2 - Eutanásia. Os defensores da hipotética (e patética) lei alegam "direito a morrer", "morrer com dignidade", etc... para a matança de velhinhos ou pessoas em fase terminal/incapacitados. Este assunto nem devia merecer discussão. Como se pode discutir se é lícito ou em que circunstâncias matar alguém, salvo em legítima defesa? Mesmo que a pedido...

É um debate ridículo, tal qual como os que propõem esta lei. Primeiro porque o argumento falacioso de "direito a morrer" não existe. Só os vivos têm direitos, precisamente porque a base de todos os direitos é a vida e a sua protecção. Logo, o termo "direito a morrer" aniquila-se a si próprio.

Já o argumento da "morte com dignidade" para cometer um assassínio é completamente irracional. A pessoa tem toda a sua dignidade de ser humano desde o momento em que é concebida e mantém-na ao longo de toda a vida. Um velhinho ou qualquer pessoa que esteja a sofrer, na fase agónica tem, por acaso uma dignidade inferior? Pelo contrário!

Infelizmente, hoje há uma fobia ao sofrimento. Compreensível até certo ponto. Ninguém quer sofrer, evidentemente. Mas quando toda a ajuda possível (conforto e analgesia para as dores físicas, apoio emocional, etc...) não elimina o sofrimento, há que aceitar as nossas limitações. É por não sabermos lidar com o facto de não podermos ser perfeitos, ao ponto de eliminar totalmente o sofrimento da face da Terra, que nos deparamos e que se aceitam ideias patéticas como será (Deus permita que não!) a da eutanásia.

Leio no jornal Público que aão, ao todo "50 os processos levantados no Ministério Público italiano contra o pai de Eluana Englaro e a equipa médica da Clínica La Quiete, em Udine," Itália. "Um dos processos, com 13 páginas, apresentado por uma associação pró-vida chamada “Comité para a Vida e Verdade”, Beppino Englaro é mesmo chamado a responder por homicídio voluntário."

Homicídio voluntário é pouco. O assassínio de Eluana, por desidratação e desnutrição, devia ficar para a História como um caso fruto de insanidade moral. Não se trata de obstinação terapêutica, nem de perto, nem de longe. Esta ocorrequando se usam meios desproporcionados (como tratamentos, terapêutica) para prolongar a vida sem real hipótese de sucesso nem prespectivas de melhoras. A alimentação e hidratação não podem ser equiparados a tratamentos. Neste caso bárbaro, foi morta uma pessoa simplesmente negando-lhe o direito básico e fundamental de comer e beber. Todo o ser vivo tem direito à satisfação desta necessidade. Quem nunca regou uma planta murcha, aparentemente às portas da morte, na esperança de ela revitalizar?

Infelizmente, com os seres humanos, há ordem para matar. Neste caso à fome e à sede. Nºãovenham ser hipócritas com a treta dos direitos humanos. Afinal, eles apenas são válidos para o que interessa, ou seja, para progredir em direcção ao abismo - é esse progresso que queremos para as gerações futuras. Um país sem valores, um país pobre moralmente (mil vezes pior que a cirse económica!), um país relativista, onde a morte é rainha.

Ninguém é dono e senhor da vida de ninguém. Nem sequer da nossa. Somos apenas administradores. E daremos contas da nossa administração, quando estivermos na presença do Dono, Senhor e Autor da vida.

Mas como só das cinzas se renasce, é preciso que estas coisas aberrantes aconteçam. É preciso bater no fundo, antes de bater com as cabeças nas paredes e desejar nunca ter ido por esse caminho. Mas talvez, só talvez, seja tarde demais...


Judeus rejeitam pedido de desculpas de Dom Williamson

Parece que o Holocausto se tornou o novo dogma de fé. As trapalhadas que se dizem por aí são tantas que já não têm conta. Desde a falsidade de 90% das notícias até às opiniões de que Dom Williamson deveria voltar a ser excomungado por ter negado o Holocausto, não há mente séria que resista...

Primeiro, irrita-me que os meios de comunicação social se armem em alcoviteiras da esquina e adorem explorar a parte mais polémica possível de uma notícia, transformando uma bombinha de carnaval numa bomba atómica. Quantos jornalistas sérios e dignos dessa profissão haverá para que digam objectivamente que este Bispo NÃO negou coisa nenhuma. Colocou uma dúvida histórica, ainda que infeliz e inopurtanemente, acerca do número de mortos do Holocausto e a existência de câmaras de gás. Ponto final.

Se alguém disser que o atentado monstruoso de 11 de Setembro de 2001 causou 100 mortos em vez de 3000, isso vai atenuar a gravidade do atentado? Ou essa afirmação é equiparada a dizer q o 11 de setembro não existiu? Infelizmente, vivemos de números. E um acontecimento tem tanto mais impacto quantos mais números e quantas mais desgraças acrescentar.

Os Judeus, paradoxalmente, quase souberam fazer do Holocausto o "ex-libris" da sua História. Qualquer comentário menos oportuno sobre o Holocausto, sobre o seu povo, sobre a sua história é tido como um acto anti-semita. Felizmente, a Igreja Católica não se deixa enganar. Lá por as declarações de Dom Williamson serem conhecidas quatro dias antes da publicação do decreto da Congregação para a Doutrina da Fé (coincidência?!), não são acontecimentos relacionáveis. Afinal, uma excomunhão é, para quem não sabe (incluindo grande parte dos media, que continuam a relacionar uma coisa com a outra), um afastamento da comunhão, ou seja alguém excomungado é declarado como afastado da comunhão da Igreja, por ter cometido ou defendido ideias contrárias a Fé Católica. E não é preciso vir um decreto do Vaticano. Quantas almas se excomungam automaticamente! Mas isso é outro assunto...

Assim, a excomunhão deste Bispo deveu-se ao facto de ter sido ordenado sem autorização da Santa Sé. O Santo Padre Bento XVI decidiu realizar um acto de misericórdia, certamente inspirado pelo Espírito Santo, contribuindo assim para a união, tão desejada na Igreja.

Senhores jornalistas, parem de inventar notícias. Dom Williamson não é negacionista, não é nazi, não é anti-semita.

Dom Wiiliamson pediu ontem, numa carta, perdão, perante Deus, a todos os que se escandalizaram com as suas palavras e às vítimas do Holocausto. Os intolerantes Judeus já se manifestaram desiludidos com um pedido de perdão “ambíguo” e que deixa de fora a afirmação de que o Holocausto aconteceu.

Diz o jornal Público que "o rabi Marvin Hier, fundador do Centro Simon Wiesenthal de Los Angeles, afirma que 'não foi o tipo de desculpas que poderá pôr fim' à polémica." Então o que querem afinal? Será que querem mesmo pôr fim à polémica? Se sim, então que tal se se deixassem de choramingar eternamente por uma coisa que TODA a humanidade sabe que foi uma monstruosidade e uma demonstração do lado mais sombrio a que o ser humano pode estar sujeito? Que tal aceitarem o pedido de perdão assim como foi feito?

Mas, assim cá para mim, os Judeus não querem mesmo é pôr fim à polémica. Querem ser polémicos. Querem que o mundo não esqueça o Holocausto. Querem continuar a ser considerados os eternos inconsoláveis da humanidade. Subjectivamente, querem continuar esta polémica com um objectivo: passar uma imagem negativa da Igreja Católica, uma Igreja anti-semita.

E continua o Público " 'O que ele não diz, e isso é o principal, é que o Holocausto ocorreu, que não é uma fabricação, não é uma mentira', disse Hier ao diário britânico. 'Se se quer pedir desculpa, tem de se afirmar que o Holocausto aconteceu.'
Chega a ser obsessivo. Chega até a ser patológica a necessidade de afirmar com tanta veemência o acontecimento do Holocausto.

Infelizmente, o Holocausto aconteceu. Felizmente, o Holocausto passou. A polémica passará. Passará até o povo Judeu. Mas a Igreja de Cristo permanecerá. Ainda que vacilante na caminhada (assim como Jesus a caminho da cruz), permanecerá pelos séculos dos séculos, porque foi instituída no mundo pelo próprio Criador do mundo e terá, conforme a Sua promessa, a Sua assistência até ao final dos tempos .
Talvez haja mesmo necessidade de se voltar à oração pelos Judeus, na Liturgia da Paixão do Senhor (no Rito que, infelizmente, caiu em desuso), para que "Nosso Senhor levante o véu que cobre seus corações."
No mínimo, para perceberem e verem as coisas com clareza e nitidez.
O mesmo se aplica aos sensacio - jornal - istas.

Rainha e Padroeira


Estes dias vem-me à cabeça o cântico que antigamente, era eu miúdo, se cantava nas festas de Nossa Senhora na minha freguesia. Penso que é daqueles que, nos dias de hoje, fazem todo o sentido que se cantem, como uma oração à Mãe de Deus. Afinal, este país é seu súbdito, seu vassalo e Ela a sua soberana.

Quantas vezes nos lembramos que temos uma Rainha que, ao mesmo tempo é a Rainha do Céu? É a Ela que pertence a coroa real desta Terra de Santa Maria. Ela é Rainha e Mãe. Não fosse Ela a Mãe da Esperança, é a esta Rainha amada que o nosso país deve recorrer nas horas de aflição.


Reinai, ó Virgem Santíssima, neste país que a Vós se consagra!


Ó Rainha e Padroeira
Do teu povo português
Hoje aqui mais uma vez
A Teus pés vimos rezar.

Nesta luta derradeira
Neste negro anoitecer
Esperamos Teu poder
Só Tu nos podes salvar.

São Teus vassalos e filhos
Os que a Teus pés vêm rezar
Ouve-nos ó Mãe piedosa,
Só Tu nos podes salvar.

Mãe de dores, de tristezas,
Mãe de prantos sem igual,
Ouvi as mães portuguesas
Chorando seu Portugal!

Vossas lágrimas ungiram
As chagas do Salvador,
Lavai com elas os crimes
De Portugal pecador!


Nossa Senhora do Rosário de Fátima, salvai-nos e salvai Portugal!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Domingo I da Quaresma - 01 de Março de 2009 - Ano B

LEITURA I



Leitura do Livro do Génesis (Gn. 9,8-15)

Deus disse a Noé e a seus filhos:«Estabelecerei a minha aliança convosco, com a vossa descendência e com todos os seres vivos que vos acompanham: as aves, os animais domésticos, os animais selvagens que estão convosco, todos quantos saíram da arca e agora vivem na terra. Estabelecerei convosco a minha aliança: de hoje em diante nenhuma criatura será exterminada pelas águas do dilúvio e nunca mais um dilúvio devastará a terra». Deus disse ainda:«Este é o sinal da aliança que estabeleço convosco e com todos os animais que vivem entre vós, por todas as gerações futuras: farei aparecer o meu arco sobre as nuvens e aparecer nas nuvens o arco, recordarei a minha aliança convosco e com todos os seres vivos e nunca mais as águas formarão um dilúvio para destruir todas as criaturas».

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 24 (25)

Todos os vossos caminhos, Senhor, são amor e verdade para os que são fiéis à vossa aliança.

Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me,
porque Vós sois Deus, meu Salvador.

Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias
e das vossas graças que são eternas.
Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência,
por causa da vossa bondade, Senhor.

O Senhor é bom e recto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer a sua aliança.

LEITURA II

Leitura da Primeira Epístola de São Pedro (1 Pe 3,18-22)

Caríssimos: Cristo morreu uma só vez pelos pecados – o Justo pelos injustos – para vos conduzir a Deus. Morreu segundo a carne,mas voltou à vida pelo Espírito. Foi por este Espírito que Ele foi pregar aos espíritos que estavam na prisão da morte e tinham sido outrora rebeldes, quando, nos dias de Noé, Deus esperava com paciência, enquanto se construía a arca, na qual poucas pessoas, oito apenas, se salvaram através da água.

EVANGELHO

Evangelho de Nosso senhor Jesus Cristo segundo São Marcos. (Mc 1,12-15)

Naquele tempo,o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto. Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os animais selvagens e os Anjos serviam-n’O. Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a pregar o Evangelho, dizendo:«Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».

Jacinta e Francisco, exemplos de vida para todas as crianças

No segundo dia do tempo santo da Quaresma, apetece-me publicar um texto que escrevi há uns tempos, por ocasião da Festa Litúrgica dos Pastorinhos de Fátima - 20 de Fevereiro.

Estes dois meninos são exemplo para todas as crianças.


Para todas?!?! Bem, numa época em que todos os modelos de vida são tidos como bons, excepto os dos santos, devo dizer que sim, todas as crianças devem aprender a viver como a Jacinta e o Francisco. Uma vida humilde, simples, de oração, penitência, sofrimento...mas acima de tudo uma vida de felicidade por cumprirem a vontade de Deus. O desejo de salvarem almas e de consolarem Nosso Senhor sobrepôs-se aos comodismos (que também não poderia ser muitos naquele início do século XX) e à felicidade fútil e meramente humana. Eram felizes em Deus. Desenganem-se os que vêm nos Pastorinhos crianças sombrias e tristes. Tudo suportavam para agradar a Deus. E essa é a maior alegria de um cristão.


Veio a doença e não deixaram de oferecer todos os sacrifícios pelos pecadores, pela salvação das almas e em reparação dos pecados cometidos contra Deus e contra Sua Mãe.


A Jacinta ofereceu os seus sofrimentos pela conversão dos pecadores e pelo Santo Padre, enquanto o Francisco se preocupava em "consolar o bom Deus" pois Este devia "estar muito triste com os pecados do mundo". Aproveitemos para, nesta Quaresma, rezarmos com eles pelas mesmas intenções:


- Pelos pecadores. Disse-lhes Nossa Senhora: "Vão muitas almas para o Inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas.";


- Pelo Santo Padre. Nossa Senhora ensinou a oração "Dizei muitas vezes, em especial quando fizerdes algum sacrifício 'ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria.'" A Jacinta acrescentava "E pelo Santo Padre." Recordemos que foi esta pequenina que viu o Santo Padre "diante de uma imagem de Nossa Senhora, numa casa muito grande a rezar e a chorar. E lá fora muitos diziam palavras e nomes feios e atiravam-lhe pedras". Qualquer semelhança com a situação actual na Igreja NÃO é pura coincidência!;


- Para "consolar Nosso Senhor", reparando-O dos pecados do mundo. Dizia o Francisco, quando a Lúcia lhe pediu para pedir pelos que cá ficavam: "Eu peço, mas essas coisas pede-as antes à Jacinta, que eu tenho medo de me esquecer quando vir Nosso Senhor. E depois, antes o quero consolar";


- Para que aumente em nós a devoção à Santíssima Eucaristia. Eles, que comungaram das mãos de um Anjo e que carinhosamente tratavam a Jesus Sacramentado por "Jesus escondido", que nos façam rezar devotamente "Meu Deus, Meu Deus, eu vos amo no Santíssimo Sacramento" (oração por eles proferida após a primeira aparição da Virgem Santíssima);


- Para que, pela intercessão destes dois meninos bem-aventurados, o seu e nosso país seja livre de todo o mal, de todo o pecado e que mantenha sempre a Fé Católica. Disse-lhes Nossa Senhora "Em Portugal conservar-se-á sempre o dogma da Fé..."

Pastorinhos Francisco e Jacinta, rogai por nós!

Um início...

Com esta Quarta-Feira de Cinzas, dá-se início à Quaresma, tempo de santificação e penitência. O mundo exalta o conforto, o bem-estar material, a satisfação, o luxo, os divertimentos exagerados e indevidos. Consequentemente, este mundo é alérgico ao sacrifício, à oração, à penitência, à noção de pecado e até à simples ideia de Deus. Palavras quase proibidas no mundo de hoje! Palavras que mostram a 'obscuridade, medo e tristeza' em que vivem os fiéis à Santa Igreja! Para combater esta ideia apenas verdadeira para os senhores do mundo, os católicos devem ser as testemunhas vivas de que a verdadeira alegria passa sobretudo pela relação íntima que se pode ter com o Criador.

Façamos nós o propósito de percorrermos esta Quaresma com verdadeiro espírito penitencial, reconciliando-nos com os outros e com Nosso Senhor. Pratiquemos a caridade. Rezemos mais devotamente. Aproveitemos este tempo maravilhoso que Ele nos dá a cada ano, a fim de podermos chegar à festa da Páscoa mais próximos da santidade, fim último planeado por Deus para cada homem.

Ao mesmo tempo que inicia este tempo santo, inicia-se a actividade deste blog. Sendo enfermeiro, teria de falar de saúde. Neste espaço, mais que a saúde do corpo, serão abordados variados assuntos que se relacionam com a saúde da alma...e não só. A nossa alma adoece frequentemente. Na Sua bondade, Nosso Senhor deixou-nos poderosos médicos para alma: os sacerdotes. Através deles, é o próprio Cristo que nos cura e nos liberta da maleita do pecado.

Digamos muitas vezes a Jesus "Senhor, se quiserdes podeis curar-me".

Que Maria, refúgio dos pecadores, interceda pela nossa conversão nesta Quaresma e que leve muitas almas ao confessionário frequentemente. Só ali, com um espírito verdadeiramente arrependido, o pecador terá cura para o seu mal. O confessionário é o lugar onde habita a esperança porque, a partir dali, todo o pecador, verdadeiramente humilhado e arrependido, sabe que poderá voltar a ter uma vida de íntima união com Deus e viver mais feliz, na verdadeira alegria cristã.

"Meu Deus, porque sois infinitamente bom e Vos amo de todo o coração, pesa-me de Vos ofendido. Com o auxílio da Vossa divina graça, proponho firmemente emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Peço e espero o perdão das minhas culpas, pela Vossa infinita misericórdia. Ámen." (Acto de Contrição).