AS ORIENTAÇÕES DA PASTORAL DA SAÚDE SOBRE A GRIPE A
Estamos perante a ameaça de uma "pandemia" através de uma doença que se transmite com muita facilidade e já é de todos nós conhecida. É a GRIPE A ou GRIPE H1N1.
A missão da Igreja, através da Pastoral da Saúde, está em assistir os doentes, mas também em prevenir as doenças, através da educação para a saúde.
O papel do sacerdote e de todos os outros agentes pastorais consiste também em colaborar com a sociedade na prevenção das doenças. O sacerdote, sobretudo se presidir a uma comunidade cristã, é um agente social da maior importância (...)
Perante a ameaça da GRIPE A, o que fazer?
1. Aconselhar todos os cristãos da sua comunidade a seguirem as orientações dadas pelo Ministério da Saúde na prevenção desta doença, tais como:
- Lavar as mãos com água e sabão com muita frequência.
- Se tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel e jogá-lo fora de imediato.
- Se ficar doente, permanecer em casa.
- Evitar o contacto com pessoas com gripe.
2. Nas celebrações litúrgicas, recomenda-se:
- Aos Ministros da Comunhão, Sacerdotes e Ministros Extraordinários, que purifiquem as mãos com solução anti-séptica, antes da distribuição da comunhão.
- Aos fiéis, sempre que possível, recebam a Comunhão na mão e não na boca, aliás segundo prática secular na Igreja.
- A todos, que reduzam o abraço da paz a um pequeno sinal ou inclinação da cabeça sem o contacto físico.
3. Nos templos pede-se também para:
- Manter vazias as "pias de água benta" às portas da igreja, para não as tornar um foco de transmissão do vírus.
- Ter a Igreja suficientemente arejada, sobretudo em atenção ao número de fiéis nas celebrações dominicais.
Deve evitar-se todo o alarmismo, mas é da maior necessidade que a Igreja colabore nos programas de prevenção da Gripe A.
NOTA: Estas orientações não são normas litúrgicas, são sugestões suficientemente claras para prevenir desde já a expansão da pandemia. É um conselho útil e provisório para o tempo de difusão da Gripe A.
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Em comunicado, o Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo refere que compreende que "a Comissão Nacional da Pastoral da Saúde queira colaborar, dando conselhos e orientações úteis para a colaboração dos cristãos no esforço nacional de prevenção. Mas não lhe compete alterar ritos nem dar normas de alterações das regras da Liturgia. (...) [3] No momento actual do processo, considero não haver ainda necessidade de alterar regras litúrgicas e modos de celebrar. A Liturgia se for celebrada com qualidade e rigor, garante, ela própria, os cuidados necessários. É o caso, por exemplo, da saudação da paz que se for feita com a qualidade litúrgica, não constitui, normalmente, um risco acrescido.
[4] Na actual disciplina litúrgica, os fiéis podem optar por receber a sagrada comunhão na mão. Mas não podem ser forçados a fazê-lo. Se houver cuidado do ministro que distribui a comunhão e de quem a recebe, mais uma vez fazendo as coisas com dignidade, a comunhão pode ser distribuída na boca sem haver contacto físico."
Muito bem falou, a meu ver, o Cardeal Dom José. Primeiro porque, na verdade, não compete nem à Comissão para a Pastoral da Saúde, nem a nenhum sacerdote, nem ao próprio Cardeal alterar os ritos nem as regras de Liturgia. Quando alguém se lembra de tal proeza, podemos assistir (infelizmente com demasiada frequência) aos tremendos e medonhos abusos litúrgicos.
Muita razão tem o mesmo Cardeal quando diz que a Liturgia, se celebrada com qualidade e rigor, garante ela própria segurança neste aspecto.
(Estas são as minhas opiniões, obviamente...)
Em relação às orientações da Pastoral para a Saúde, o primeiro ponto são medidas universais que devem ser tomadas por todos. Sem discussão, como é óbvio.
Quanto ao ponto dois, directamente relacionado com as celebrações litúrgicas, são, a meu ver, sugeridas medidas que, como diz o Sr. Cardeal, seriam desnecessárias, se a Liturgia for celebrada com o rigor que deveria.
- A lavagem das mãos com solução anti-séptica antes da Comunhão é uma boa medida;
- Quanto à sugestão estapafúrdia de distribuir a Sagrada Comunhão na mão... Não percebo!!
Primeiro, por questões óbvias, esta prática é sacrílega, já que nada de impuro e sujo (como são as nossas mãos) devia tocar no Corpo Santíssimo do próprio Deus - excepto as do sacerdote, que age na pessoa de Cristo.
Em relação à transmissão do vírus...
... o sacerdote, ao dar a comunhão na boca, vai depositar a Sagrada Hóstia na língua e não tem de tocar nos lábios nem na língua de quem vai receber a Comunhão. Já ao distribuir a Comunhão na mão, o Sacerdote quase que necessariamente toca na mão de quem comunga, a não ser que "atire pelo ar" ou deixe cair o Corpo Sagrado de Cristo na mão. Sabemos que as mãos são um dos principais veículos de transmissão de vírus. Daí se pedir às pessoas com gripe para limparem as maçanetas das portas, não se cumprimentarem apertando a mão, nem se recomenda o beijo (mais por causa da transmissão pela via aérea do que propriamente com o contacto físico directo). O vírus é mais facilmente propagado pela tosse e/ou espirro, mas previne-se em grande parte o contágio com a lavagem correcta das mãos.
Agora vejamos o que, normalmente, se faz com as mãos, só desde que chegamos à Igreja:
- Eventual abrir de porta;
- Ajoelhar e muitas vezes apoiar as mãos no banco para ajudar a erguer;
-Utilizar panfletos, livros de cãnticos, etc, já utilizados por outras tantas mãos;
- Mexer em dinheiro para o momento do Ofertório;
- Saudar as pessoas ao lado com apertos de mãos;
-...
E depois de tudo isto, vamos tocar n'Aquilo que de mais Sagrado existe na Terra? No Corpo do próprio Deus? Já para não falar na quantidade de microorganismos que ficaram nas nossas mãos durante estes gestos e que podem passar facilmente das mãos do comungante para as mãos do sacerdote... E o sacerdote tem muito mais probabilidades de tocar com a mão dele na mão de quem comunga do que nos lábios ou língua dessa pessoa...
Estou em alerta para a Gripe A. Mas não vai ser por causa disso que vou cometer o nauseante e sacrílego acto de receber Nosso Senhor nas minhas mãos imundas. Nunca o fiz, nunca o farei. As minhas mãos podem estar desinfectadas, esterilizadas, etc...mas não são consagradas, como as do sacerdote, logo não poderão nunca tocar no Corpo Santíssimo do Senhor. E se for obrigatória, um dia, a comunhão na mão, eu recuso-me a comungar. Faço uma Comunhão espiritual. Em consciência, prefiro não receber Jesus Sacramentado a tocar com as minhas mãos no Santíssimo Corpo de Deus.
Muito maltratado já é o Corpo Santíssimo de Jesus, que é distribuído em muitas Missas como se de pão se tratasse. E eu, seja pela gripe, seja pelo que for, não vou contribuir para o aumento desse sacrilégio.
Onde está o sacrilégio?
ResponderEliminarAqui em São Paulo ( Brasil ) 99% dos fiéis recebem a Santa Hostia na mão.
Onde está escrito que é proibido receber a Hostia na mão?
Não sei se está escrito ou não que é proibido receber (Não a Hóstia mas JESUS )na mão mas de uma coisa tenho a certeza. ESTÁ ESCRITO NO MEU CORAÇÂO e isso é muito mais importante do que qualquer coisa escrita que ande a circular por aí Estou de acordo com o João Cadete quando diz que tem havido muitos abusos ofendendo Jesus desde que veio essa hipótese de comungar na mão
ResponderEliminarÉ pena que as pessoas não se informem de como tudo está a ser manobrado para destruir a igreja a partir de dentro Seria bom consultarem a internet pondo o seguinte título:
(MASTERPLANO,PLANO PARA DESTRUIR A IGREJA)
Quando tomamos uma decisão temos que analisar muito bem quais as consequencias que daí podem surgir e neste caso da comunhão na mão estamos a dar um grande contributo para que esse plano funcione
Há uma parte da missa que se chama Lavabo em que o padre lava as mãos e as limpa com um pano. Isso quer dizer que mesmo o padre que é consagrado tem que ter as mãos bem limpas para poder pegar em Jesus
Pergunto: em que altura da missa é que as pessoas lavam as mãos?
É preciso que não se esqueçam de uma coisa muito importante... (JESUS É DEUS) que se dá a nós por amor .Vamos pagar-lhe esse amor dando a hipótese (COMO JÁ TEM ACONTECIDO) de pessoas sem escrupulos levarem com facilidade a Sagrada Hóstia que é Jesus CORPO SANGUE ALMA E DIVINDADE para missas satânicas e outras coisas mais?
É lógico que os padres não conseguem ver tudo o que se passa principalmente quando há muita gente a comungar
Quem há-de defender Jesus senão nós ?
Que Deus ilumine as BOAS PESSOAS que andam enganadas e que são cada vez mais.
EDITE COSTA PORTUGAL PORTO
Salve Maria! Vou colar um texto aqui, que achei muito oportuno:
ResponderEliminar"Entre os abusos que se introduziram após o Vaticano II e a reforma litúrgica de Paulo VI -- que consistiu, segundo o Cardeal Ratzinger, na "fabricação" de uma Nova Missa -- um desses abusos foi o de dar a comunhão na mão.
A princípio, se determinou que seria possível dar a comunhão na mão, para quem preferisse assim. Era uma concessão e uma exceção. Depois, se instituiu, -- por vezes aos gritos -- que a comunhão só podia ser dada a quem ficasse de pé, e recebesse a comunhão na mão. Por vezes, impondo aos gritos esse abuso. Outras vezes, impondo-o "suavemente", em nome da "obediência".
Quem insistia em comungar de joelhos era bem maltratado.
(Ainda esta semana, um jovem conhecido meu, que se colocou de joelhos, para comungar, foi publicamente humilhado por um sacerdote, em São José dos Campos, que recusou dar-lhe a comunhão, por causa disso).
Não importa que a Santa Sé tenha determinado que é um direito do fiel receber a comunhão de joelhos e na boca. Alguns padres, infelizmente, se acreditam donos da Missa e da liturgia, assim como senhores da lei.
Que comungar na boca é mais perfeito, é evidente, pois evita muitas possibilidades de sacrilégio, pela perda de partículas consagradas, já que Nosso Senhor está inteira e realmente presente, com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, em qualquer partícula da Hóstia Consagrada. Além disso, receber a comunhão na mão facilita o roubo de Hóstias consagradas, para serem usadas em cerimônias satânicas, a fim de serem propositalmente profanadas. E isso não é tão incomum.
A razão profunda pela qual se forçou, contra o costume e contra o que a Igreja determinara, a recepção da comunhão na mão, foi que isso sugeria que não há diferença entre a mão do sacerdote e a mão do simples fiel.
Queria-se dar a entender que o fiel é igual ao padre, ou pior, que o padre é igual ao fiel, que "o padre é um homem como qualquer outro. O padre não é um homem "como qualquer outro". O sacerdote é um homem que tem, na alma, a marca indelével de sacerdote de Cristo, e de sacerdote "in aeternum". Desse erro de querer considerar o sacerdote como um simples homem, e "como qualquer outro", se pretende tirar duas conseqüências péssimas: 1) Se o padre é igual a qualquer pessoa, qualquer pessoa poderia rezar a Missa.
ResponderEliminarDaí a proliferação, abusiva, de ministros e ministras da Eucaristia, as chamadas Missas secas ou celebrações dominicais sem padre, o fazer até mulheres ler a Epistola e o Evangelho, etc.
No etc. se inclui um caso a que assisti, quando rezava o terço numa igreja de um bairro, aqui, em São Paulo.
De repente, entrou o Padre para rezar a Missa, mas ele entrou acompanhado de duas senhoras paramentadas quase como padres, uma portando o Missal e a outra portando outro objeto. Um absurdo que agrada velhas beatas de sacristia, e as famosas "gerentes de paróquia" -- porque há, infelizmente, hoje, "mulheres-gerentes de paróquia". E tirânicas! E até bem tirânicas!! -- Paremos por aqui!!! -- mas um abuso, um erro, e pior uma coisa que contraria a doutrina, o costume e a lei da Igreja.
2) Segunda conseqüência lógica, se o padre é "um homem como outro qualquer", porque o padre não pode ter... sogra, porque o padre não pode casar como "um homem qualquer"?
Exatamente porque o padre não é um homem qualquer.
Voltemos à sua pergunta: porque é melhor receber a comunhão na boca?
Já lhe mostrei os males decorrentes de receber a comunhão na mão.
Vejamos agora por que é melhor receber a Hóstia consagrada na boca.
É melhor receber a comunhão sobre a língua, porque a língua é o órgão da palavra, e Cristo é o Verbo, a Palavra de Deus encarnada. Nada mais próprio, então, do que receber o Verbo de Deus encarnado, presente realmente na hóstia consagrada, sobre a língua, que deve ser órgão da verdade. E Cristo é a Verdade.
Nossa língua deve ser o trono da Verdade encarnada, Cristo, Deus e Homem, assim como o trono da verdade comum.
Se a mão é o meio que normalmente se usa para fazer as coisas, a língua é o órgão que expressa o pensamento. Ora, o pensar é superior ao fazer, e portanto a língua é mais nobre que a mão.
Alguém poderia dizer que São Tiago (Ep.de São Tiago, III) previne contra os pecados cometidos pela língua, as mentiras, as murmurações, as calúnias e as heresias que a língua pode exprimir, e que levam mais à perdição do que as obras das mãos. A língua , lembra São Tiago, é capaz de bendizer a Deus e de maldizer do próximo (Cfr. Tg. III, 9). Por isso mesmo, então, a língua é mais nobre, porque só o que é capaz do pior é capaz do melhor. E se a língua é órgão mais fácil para pecar, ela é que precisa de mais remédio.
A princípio, dava-se a comunhão na mão, mas os abusos que isso permitia fizeram a Igreja logo mudar a forma de recepção da Hóstia consagrada, determinando que ela fosse dada na boca. Creio que já no século IX, um Concílio, em Reims proibiu que fosse dada a comunhão na mão.
Por tudo isso, sem desrespeitar o sacerdote, receba a comunhão sempre na boca, e estando você de joelhos, para expressar claramente a fé na presença rela de Cristo na Eucaristia. Isso é um direito do fiel, como ainda recentemente reconheceu a Santa Sé." (Prof. Orlando Fedeli)