
Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos,
foi crucificado,
morto e sepultado.
"Como é necessário ao cristão acreditar na
Encarnação do Filho de Deus, é também necessário acreditar na Sua Paixão e
Morte, por que, como disse S. Gregório, “em nada nos teria sido útil o seu
nascimento, se não favorecesse à Redenção”. Essa verdade, isto é, que Cristo
morreu por nós, é de tal modo difícil que a nossa inteligência pode apenas
conhecê-la, mas, de modo algum, por si mesmo descobri-la. (...)
Não se deve, porém, crer que quando Cristo morreu por
nós, a Divindade também morreu. N’Ele morreu a natureza humana; não morreu
enquanto Deus, mas enquanto homem. (...)
O homem foi fortalecido pela Paixão de Cristo e o pecado,
enfraquecido, de sorte que este não mais o dominará. Pode, por esse motivo,
auxiliado pela graça divina, que é conferida pelos sacramentos cuja eficácia
recebem da Paixão de Cristo, esforçar-se para sair do pecado.
Foi de tal modo exuberante a virtude da Paixão de Cristo,
que só ela foi suficiente para expirar todos os pecados de todos os homens,
mesmo que fossem em número de milhões. Eis o motivo pelo qual aquele que foi
batizado, foi também purificado de todos os pecados. É também por este motivo
que os sacerdotes perdoam os pecados. Do mesmo modo, aquele cujo sofrimento
mais se assemelha ao da Paixão de Cristo, consegue um maior perdão e merece
maiores graças."
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