segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

* FRANCISCO E JACINTA, ROGAI POR NÓS *


20 DE FEVEREIRO

«Eu Te bendigo, ó Pai, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos». Eu Te bendigo, ó Pai, por todos os teus pequeninos, a começar na Virgem Maria, Tua humilde Serva, até aos Pastorinhos Francisco e Jacinta".

Papa João Paulo II
13 de Maio de 2000

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UMA BREVE BIOGRAFIA


"A Virgem Maria e Deus estão infinitamente tristes. Cabe-nos a nós consolá-los!"


FRANCISCO MARTO nasceu a 11 de Junho de 1908 a Manuel e Olimpia de Jesus Marto e era o irmão mais velho de Jacinta e o primo direito de Lúcia dos Santos. Tinha nove anos na altura das aparições.

Quando, no transcurso da Primeira Aparição, Lúcia preguntou se o Francisco iria para o Céu, Nossa Senhora respondeu: "Sim, ele vai para o Céu, mas terá que rezar muitos Terços" Sabendo que seria chamado em pouco tempo ao Paraíso, o Francisco mostrou pouco interesse em assistir às aulas. Várias vezes, chegando perto da escola, dizia a Lúcia e a Jacinta: "Vão vocês. Eu vou à igreja a fazer companhia ao Jesus escondido" (uma expressão que se refere ao Santíssimo Sacramento). Muitas testemunhas contemporâneas afirmam terem recebido favores depois de terem pedido a Francisco que rezasse por elas.

Em Outubro de 1918, com 10 anos de idade, Francisco adoeceu gravemente, vítima da gripe espanhola. Aos membros da sua família que lhe asseguravam que ele iria curar-se da doença, ele respondia firmemente: "É inútil. Nossa Senhora quer que eu esteja com Ela no Céu!" No transcurso da sua doença, continuou a oferecer sacrifícios constantes para consolar Jesus ofendido por tantos pecados.

"Penso em Deus, que está tão triste por causa de tantos pecados! Nós nunca vamos fazer nenhum! Gosto tanto de Deus! Se eu fosse capaz de O consolar!" - dizia repetidamente o Francisco.
"Já falta pouco tempo para ir eu para o Céu", disse à Lúcia um dia. "Lá em cima no Céu, vou consolar muito Nosso Senhor e Nossa Senhora; a Jacinta vai rezar muito pelos pecadores, pelo Santo Padre e por ti. Vais ficar aqui porque Nossa Senhora assim deseja. Escuta, faz tudo o que Ela te disser."

À medida que a sua doença piorou e quebrou o que era uma saúde robusta, Francisco já não tinha as forças para recitar o Rosário. "Mamã, já não consigo rezar o Terço", disse em voz alta um dia, "parece que a minha cabeça está nas nuvens…". Ainda quando a força do seu corpo se perdia, a sua mente permanecia atenta à eternidade.

Nas vésperas de morrer, Francisco disse a Lúcia: "Olha! Estou muito mal. Agora me falta-me mesmo pouco para ir para o Céu" Lúcia responde: "Então não te esqueças lá de pedir muito pelos pecadores, pelo Santo Padre, por mim e pela Jacinta. Mas o Francisco retorquiu: "Sim, vou pedir. Mas olha: é melhor pedir essas coisas à Jacinta, pois eu tenho medo de me esquecer delas quando vir Nosso Senhor! E, depois, quero antes consolá-Lo."

Dali a poucos dias, mandou chamar a prima às pressas, pois estava se sentindo pior, e queria lhe dizer algo de muito importante. Quando Lúcia chegou, pediu que a mãe e os irmãos saíssem do quarto, pois era segredo o que iam conversar. Ao ficarem sozinhos, disse-lhe: "É que vou me confessar para comungar, e morrer depois. Queria que me dissesse se me viu fazer algum pecado, e que fosse perguntar à Jacinta se ela me viu fazer algum."

Ouvindo algumas travessuras que tinha cometido, o Francisco começou a chorar, dizendo, "Já confessei estes pecados, mas vou confessá-los outra vez. Talvez seja por causa destes que Jesus está tão triste. Peçam vocês também a Jesus que perdoe todos os meus pecados."

Dois dias mais tarde, perto do seu fim, exclamou: "Olhe, mãe, olhe, que luz tão linda, ao pé da porta." Perto das 22h00, a 4 de Abril de 1919, depois de pedir que todas as suas ofensas fossem perdoadas, morre sem nenhum sinal de sofrimento, sem agonia. Descrevendo a morte de seu primo jovem nas suas Memórias, a Irmã Lúcia escreveu: "Ele voou para o Céu nos braços da Nossa Mãe Celeste."


"Oxalá que pudesse mostrar o Inferno aos pecadores!"

JACINTA MARTO nasceu a 11 de Março de 1910. Na altura das aparições tinha sete anos. Era a mais jovem dos videntes. Inteligente e muito sensível, ficou profundamente impressionada quando ouviu a Santíssima Virgem dizer que Jesus estava muito ofendido pelos pecados. Depois de ter a visão do Inferno, deciciu oferecer-se completamente à salvação das almas.

No dia da primeira aparição de Nossa Senhora (13 de Maio de 1917), foi a Jacinta que, a despeito de promessas que tinha feito a Lúcia, revelou o segredo da aparição à sua mãe: "Mamã, hoje vi Nossa Senhora na Cova da Íria. Ai! Que senhora mais bonita!" Mais tarde, o Céu favoreceria Jacinta ainda mais com duas visões do Santo Padre: um Papa sofrendo das perseguições feitas contra a Igreja e também das guerras e das destruições que agitavam o mundo. "Coitadinho do Santo Padre!", dizia Jacinta, "É muito preciso rezar por ele." A partir de aí, o Vigário de Cristo esteve sempre presente nas orações e nos sacrifícios dos videntes, mas sobretudo Jacinta.

Para salvar as almas do fogo do Inferno, a Jacinta supertava sacrifícios voluntariamente. No calor terrível do verão, deixou de beber água. Como um sacrifício pela glória de Deus, oferecia os seus lanches da tarde às crianças ainda mais pobres do que ela. Para salvar almas, decidiu suportar a dor de levar uma corda áspera cheia de nós amarrada à pele. Aturou as interrogações exaustivas e os insultos dos descrentes sem o mais pequeno lamento. 

Um ano após as aparições da Cova da Iria, começou a doença que a levaria à morte. Primeiro veio a gripe espanhola, depois um abcesso nos pulmões, e com ambos sofreu intensamente. Porém na sua cama de hospital, declarou com optimismo que a sua doença era mais uma maneira de sofrer para a conversão dos pecadores.

Depois de dois meses no hospital, voltou a casa, onde se descobriu uma ferida aberta no peito. Pouco depois foi-lhe diagnosticada uma tuberculose. "Jesus estará contente por eu lhe oferecer o meu sofrimento?" preguntou à Lúcia.

Em Fevereiro de 1920, ela foi levada apressadamente para outro hospital, desta vez em Lisboa. Em magreza extrema e no limite das forças, sem a presença dos seus queridos pais ou de Lúcia, consolou-se com a ideia de que esta era mais uma oportunidade para oferecer os seus sofrimentos pelos pecadores.

No hospital de Lisboa foi visitada não menos de três vezes por a Mãe de Deus. A pastorinha chamou imediatamente a prima Lúcia e lhe contou o que se passara: "Ela disse-me que não te voltarei a ver, nem aos meus pais. Que, depois de sofrer muito, vou morrer sozinha. Mas que não tenha medo; pois Ela vai lá me buscar para o Céu. E, chorando, abraçava Lúcia, repetindo entre soluços: "Olha! Reza muito por mim, pois vou morrer sozinha.!"

Os dias anteriores a sua ida para o hospital em Lisboa foram de horríveis sofrimentos, agravados pela ideia, que não a abandonava, de morrer longe dos seus familiares. Lúcia insistia para que não pensasse nisso, mas Jacinta respondia: "Deixe-me pensar, porque, quanto mais penso, mais sofro. E eu quero sofrer por amor de Nosso Senhor e para salvar os pecadores do Inferno. E então, não me importo! Nossa Senhora vai-me buscar lá, para ir para o Céu." 

Quando as dores eram mais insuportáveis, rezava: "Ó meu Jesus! Eu Vos amo e quero sofrer muito por vosso amor. Ó Jesus! Agora podes converter muitos pecadores, porque este sacrifício é muito grande!"


Na vésperas da sua morte, disse à madrinha que Nossa Senhora lhe tinha aparecido, e que Ela lhe tirara todas as dores. De facto, a partir daquela hora não se queixou mais de sofrimento algum, até à tarde do dia 20 de Fevereiro, quando declarou que se sentia muito mal, e queria receber os últimos Sacramentos.

Chamaram às pressas o Pároco do lugar, a quem Jacinta suplicou a Sagrada Comunhão, pois sentia que ia morrer. O sacerdote, julgando que a morte não estava assim tão próxima, somente a ouviu em confissão, deixando o Santo Viático para o dia seguinte.


Mas, nessa mesma noite de 20 de Fevereiro de 1920, pelas 22h30, a promessa da "Senhora mais brilhante que o sol" foi cumprida. Suavemente, sem um único gemido, fechou os olhinhos e entregou serenamente a sua alma nos braços da Virgem Santíssima.

    

Os corpos dos dois irmãos repousam agora na Basílica do Santuário de Nossa Senhora em Fátima.

Os dois Pastorinhos, Francisco e Jacinta, foram beatificados a 13 de Maio de 2000, no Santuário de Fátima, pelo Papa João Paulo II e o seu dia litúrgico é celebrado a 20 de Fevereiro, data da morte de Jacinta.

* * *

ORAÇÃO A PEDIR A SUA CANONIZAÇÃO

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e agradeço-Vos as aparições da Santíssima Virgem em Fátima. Pelos méritos infinitos do Santíssimo Coração de Jesus e por intercessão do Coração Imaculado de Maria, peço-vos que, se for para Vossa maior glória e para bem das nossas almas, Vos digneis glorificar diante de toda a Igreja os Bem-aventurados Francisco e Jacinta Marto, concedendo-nos por sua intercessão as graças que Vos pedimos. Amén.

Pai-nosso. 
Avé-Maria e Glória.

FRANCISCO E JACINTA,
ROGAI POR NÓS!

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