domingo, 13 de setembro de 2009

Viver é um direito... Matar não!

et antequam exires de vulva sanctificavi te."
(Jeremias, 1:5)

"Antes que te formasse no ventre Eu te conheci,
e antes que saísses da mãe, te santifiquei"
(Jeremias 1:5)

Não há no mundo crime mais covarde, monstruoso e abominável que este infanticídio, eufemisticamente designado por "Interrupção Voluntária da Gravidez". Não se pode alegar o "direito" a abortar. Abortar é matar - matar um ser humano indefeso - e matar é uma violação grave do 5º Mandamento da Lei de Deus. É ilegítimo, desumano e irracional acabar com um bem maior e absoluto - uma VIDA.

Muitos iluminados e tidos como inteligentes, mas totalmente vazios no que respeita a valores e a Moral, consideram-se grandes promotores da civilização moderna. Tão civilizados que são, que chegam ao ponto de lavar os cérebros das pessoas e fazê-las crer que é "normal" que um embrião possa ser equiparado a um tumor, um amontoado de células que pode ser removido a qualquer momento. Todos - incluindo eu - condenam o Holocausto Judeu. Mas não prestam atenção ao Holocausto intra-uterino que diariamente ocorre nos seus países.

Triste sociedade esta! Que não sabe dignificar sequer a sua espécie!

Este texto foi escrito por Jérome Lejeune em 1973. Resume toda a força da certeza científica de um dos pais da genética moderna, grande médico e cientista, descobriu numerosas doenças de origem genética, uma das quais a Trissomia é a mais conhecida:
“A genética moderna resume-se num credo elementar que é este: no princípio há uma mensagem, mensagem essa que está na vida, e essa mensagem é a vida. Este credo, verdadeiro parágrafo do início de um velho livro que todos conhecem bem, é também o credo do médico genético mais materialista que possa existir. Porquê? Porque sabemos com certeza que toda a informação que definirá um individuo, que lhe ditará não só o seu desenvolvimento, mas também a sua conduta ulterior, sabemos que todas essas características estão escritas na primeira célula.

E o sabemos com uma certeza que vai mais além de toda a dúvida razoável, porque se esta informação não estiver já completa desde o principio, não podia ter lugar; porque nenhum tipo de informação entra num óvulo depois da sua fecundação. (...)

Mas haverá quem diga que, no principio de tudo, dois ou três dias depois da fecundação, só há uma pequena massa de células. Que digo! No principio trata-se de uma só célula, a que provém da união do óvulo com o espermatozóide. Certamente, as células se multiplicam activamente, mas essa pequena demora para se fixar na parede do útero, é já diferente da sua mãe? Claro que sim, já tem a sua própria individualidade e já é capaz de dar ordens ao organismo de sua mãe.

Este minúsculo embrião, ao sexto ou sétimo dia, só com um milímetro e meio de tamanho, toma imediatamente o comando das operações. É ele, e só ele, quem detém a menstruação da mãe, produzindo uma nova substância que obriga o corpo amarelo do óvulo a pôr-se em marcha.

Tão pequenino como é, é ele quem, por ordem química, força a sua mãe a conservar a sua protecção. Já faz dela o que quer e Deus sabe que não se privará dele nos anos seguintes.
Aos quinze dias do primeiro atraso das regras, com a idade real de um mês, já que a fecundação teve lugar quinze dias antes, o ser humano mede quatro centímetros e meio. Seu minúsculo coração bate já faz uma semana, seus braços, suas pernas, sua cabeça e o seu cérebro já estão em formação.

Aos sessenta dias, com a idade de dois meses quando o atraso das regras é de mês e meio, mede, desde a cabeça até ao traseiro, uns três centímetros, cabia, recolhido sobre si mesmo, numa casca de noz. Seria invisível no interior de um punho fechado, e esse punho esmagaria-o sem querer, sem que nos desse-mos conta: mas, estendam a mão, está quase terminado, mãos, pés, cabeça, orgãos, cérebro... tudo está no seu sitio e já nada fará, senão crescer. Vejam mais perto, poderão até ler as linhas da sua palma da mão e dizer-lhe a sua boa-ventura. Vejam mais perto ainda, com um microscópio corrente, e poderão decifrar as suas impressões digitais. Já tem tudo o que é necessário para tirar o bilhete de identidade.

O incrível "Polegarzito", o homem mais pequeno que um polegar, existe de verdade; não se trata do "Polegarzito" do conto, mas sim do que fomos cada um de nós.

Mas dirão que até aos cinco ou seis meses o seu cérebro não está todo terminado. Mas não, não! Na realidade o cérebro só estará completamente no seu sitio no momento do nascimento; e as suas inumeráveis conexões não estarão completamente estabelecidas até que não cumpra os seis ou sete anos, e a sua maquinaria química e eléctrica não estará completamente rodada até aos quatorze ou quinze.

Mas no nosso "Polegarzito" de dois meses já lhe funciona o sistema nervoso? Claro que sim, se, se roçar com um cabelo no seu lábio superior, move os braços, o corpo e a cabeça num movimento de fuga(...).

Aos quatro meses move-se tanto que a sua mãe percebe os seus movimentos. Graças á quase total leveza da sua cápsula cosmonauta, dá muitas cambalhotas, actividade para a qual necessitará anos, antes de voltar a realizá-la ao ar livre.

Aos cinco meses, agarra com firmeza o músculo do bastão que lhe pusemos nas mãos e chupa o dedo esperando a sua entrega. (...)

Então para quê discutir? Porquê questionar-se, se estes homenzitos existem de verdade? Porquê racionalizar e fingir crer, como se fosse um bacteriológico ilustre, que o sistema nervoso não existe antes dos cinco meses? Cada dia, a ciência descobre-nos um pouco mais as maravilhas da vida oculta, desse mundo bulicioso da vida dos homens minúsculos, ainda mais assombroso que os contos para meninos.

Porque os contos foram inventados a partir de uma historia verdadeira; e se as aventuras do "Polegarzito" existem agora, fomos um dia um "Polegarzito" no seio das nossas mães."

Fonte: Tirado de Clara Lejeune: Dr. Lejeune, O Amor a vida, Ed. Palavra Madrid. 1999. pp 47-50.

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