segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

SOBRE A MODÉSTIA

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Em Fátima, Nossa Senhora lamentou que os militantes ateus, satanistas e outros anti-Cristãos como os comunistas e humanistas seculares e seus associados propagassem, no nosso tempo e no nosso país, os seus erros contra a Moral e a Fé Católica. Nossa Senhora disse: «A Rússia espalhará os seus erros pelo Mundo.» Disse também: «Hão-de vir umas modas que hão-de ofender muito a Nosso Senhor.» A Bem-Aventurada Sempre Virgem Maria também nos disse em Fátima que «Os pecados que levam mais almas para o inferno são os pecados da carne.»

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Nem sempre temos um controlo directo sobre os apetites dos nossos sentidos. Podemos controlá-los pela mortificação cristã ou por outros métodos indirectos. Por exemplo, não mantendo a nossa mente concentrada na comida – tal como na bebida ou no tabaco –, podemos mais facilmente não cometer o pecado da gula. Se continuarmos a entreter o pensamento na comida e na bebida, ou no prazer que isso nos dá, então inevitavelmente estamos a entregar-nos aos nossos apetites, mesmo contra o nosso melhor juízo.

Desde o Pecado Original, também este apetite pelo sexo, o apetite da faculdade procriadora existente em todos os homens e mulheres nem sempre é alvo de controlo directo da vontade e do intelecto. Mas é também possível controlar indirectamente este apetite pela mortificação do jejum e da abstinência, ou, ainda deixando de divagar sobre certas pessoas que iriam despertar em nós esse desejo. Por este apetite ser tão forte (Deus fê-lo desta maneira com o intuito de assegurar a continuação da espécie humana) não é preciso muito para despertar o desejo da faculdade procriadora. Por ser diferente a natureza dos homens e das mulheres, no geral é verdade ser mais facilmente despertado o desejo sexual do homem.

E é ao ver pessoas do sexo oposto vestidas sem recato algum que, em especial nos homens, o seu apetite lhes desperta o desejo de usar a sua faculdade de procriação. Isto pode acontecer mesmo quando é contra a Lei de Deus e, por consequência, mau para essa pessoa. Ora, se tal apetite não está direccionado para o seu cônjuge, e se, depois de uma reflexão suficiente, é completamente consentido, então essa pessoa – iniludivelmente – está a cometer um pecado mortal.

Se essa alma não se arrepender deste pecado, será eventualmente arrastada para o Inferno por toda a eternidade. E porque os nossos irmãos e irmãs sofrem desta fraqueza como resultado do Pecado Original, temos obrigação de salvaguardar a sua virtude vestindo-nos com modéstia. Tanto homens como mulheres são obrigados a vestir-se modestamente, em estreita ligação com a justiça e a caridade. Ofender alguém neste assunto é, frequentemente, cometer um pecado mortal.

Aproveitando as diferenças de psicologia entre homem e mulher, geralmente o demónio, os seus agentes humanos e outros anti- cristãos empregam todos os esforços para levar as mulheres a vestirem-se indecentemente. Usando esta estratégia, o diabo e os seus seguidores são muitas vezes bem sucedidos fazendo cair no Inferno homens e mulheres. Conseguem-no, levando os homens a cair no pecado mortal pelos olhares, desejos e acções impuras – o que os submete também à escravidão dos ateístas militantes, tal como é explicado no folheto O apelo urgente de Nossa Senhora. As mulheres, essas, vão para o Inferno por levarem os homens a pecar, devido à sua maneira indecente de vestir. Assim, também elas estão a contribuir para dar aos comunistas, a outros militantes ateístas e anti-cristãos uma maior possibilidade de escravizar o mundo livre.

É um erro interpretar como anti-feminina esta preocupação pela modéstia. Tanto homens como mulheres são obrigados pelas leis da modéstia. No entanto, é muito mais comum o pecado da imodéstia ser cometido pelas mulheres; é por isso que o Padre Pelegia sublinha a obrigação da mulher a este respeito. Também os homens devem estar atentos quanto a esta virtude: quando sentirem que as roupas delas são muito justas ou de outra forma indecentes, eles também devem usar de uma maior modéstia, para não haver ocasião de as suas irmãs em Cristo virem a perder a alma por serem despertados desejos ilícitos.

Dada esta informação de fundamento, apreciemos o artigo clarificador do Padre Pelegia, sacerdote doutorado em Sagrada Teologia e que, durante mais de 20 anos, estudou a teologia moral de Santo Afonso Maria de Liguori. Santo Afonso foi proclamado Doutor da Igreja em Teologia Moral pelo Magisterium da Igreja. Vejamos então o artigo do Padre Pelegia.

Directrizes marianas

Oferecer um guia sólido para as raparigas e mulheres que queiram saber o que as sãs autoridades da Igreja Católica têm a dizer sobre a modéstia no vestir é o programa da Cruzada Mariana.

Durante muitos anos até à sua morte, em 1969, o Padre Bernard Kunkel da diocese de Belleville, Illinois, E.U.A., foi Director da Cruzada cujo Presidente era o seu bispo. As seguidoras da Cruzada comprometiam-se a observar as normas contidas em Guia da modéstia para as raparigas, que aqui publicamos:

Em resposta à súplica de Nossa Senhora de Fátima por uma modéstia absoluta no vestir e para ajudar a evitar os inúmeros pecados causados pela imodéstia do vestuário, especialmente no Verão, esforçar-me-ei com a maior seriedade em seguir este programa:

1. Abster-me inteiramente de usar calções de qualquer tipo, quer em público quer em casa.


2. Recusar-me a usar outros tipos de traje que mal cobrem o corpo, tal como trajes de praia ou aquele tipo de roupas que expõem os ombros, o peito, as costas, a cintura ou o umbigo; evitar também roupas claras ou transparentes, e vestidos, camisolas e calças justos; quanto às saias, usar somente as que cheguem bastante abaixo dos joelhos, para salvaguardar a modéstia em todas as posturas e movimentos normais.

3. Quando necessário ao meu trabalho, limitar o meu vestuário àquele tipo de calças que chegam abaixo do joelho, e que não sejam justas – usar de preferência calças amplas e compridas.

4. Ter um particular cuidado em me vestir modesta e respeitosamente para a igreja, e para todas as cerimónias e/ou locais sagrados, incluindo o adro da igreja e os Santuários – para encorajar as outras a vestirem-se sempre com uma modéstia mariana sem medo de serem "impopulares", e para seguir os desígnios de Nossa Senhora, a Virgem Imaculada, em vez de obedecer à ditadura pagã da moda.

LEMBRE-SE: A modéstia no vestir ajuda a salvaguardar a virtude da Pureza e é exigida pela lei moral de Deus. As normas anteriores são baseadas nesta lei moral inalterável e que se enquadra na tradição Cristã. Vestuário imodesto é imoral e pecaminoso, e é assunto para confissão. Podemos bem acreditar que muitas almas estão agora no inferno devido à leviandade das raparigas que vestem sem modéstia. Pelo amor a Cristo e a Sua Imaculada Mãe, e por consideração para com aqueles que lutam pela sua Pureza, Por favor vista-se modestamente!

O Padre Bruno Pelegia, Sacerdote Católico, Teólogo e Doutorado em Sagrada Teologia Complementar explica:

Ficamos felizes por ver, aqui e ali, senhoras e raparigas que não precisam que lhes digam para seguir estas normas. Mas àquelas que estão longe destas normas de sensatez, eu, como ministro de Deus, peço-lhes que prestem atenção à minha suplica:

Não podem manter uma consciência íntegra sendo, ao mesmo tempo, tão inconscientes!

Não diga: Que mal tem a forma como me visto?

Porque não seria possível ser esta uma pergunta ingénua? Quem a faz deve suspeitar que o facto de expor o corpo feminino do modo como o faz pode ser terrivelmente provocador.

Não diga: Aqueles que me vêem desta maneira não são forçados a pecar!

Podemos admiti-lo. Mas não deveremos nós, sempre que pudermos, reduzir as ofensas que o Nosso Divino Senhor recebe? Ai de nós se somos indiferentes neste ponto! Ai de nós se, com tal indiferença, a nossa conduta alicia os outros ao pecado! Sabemos que alguns homens de alma sã resistirão totalmente a essas mulheres provocadoras e não só não pecarão como ganharão mérito. Outros, porém, sendo fracos, consentirão no que lhes é proibido; e segundo as Sagradas Escrituras, por os ter atraído desnecessariamente ao mal, terá parte também no seu pecado. (Mat. 18:7)

Não diga: Todas as outras raparigas se vestem desta maneira!

Admitimos o triste facto de que muitas são assim levianas. Mas, mesmo que todas as raparigas o fossem, não as deveria seguir como um exemplo. Não se considera capaz de tomar decisões sensatas nos seus assuntos pessoais? Então se tem a liberdade, o privilégio e o dever moral de procurar a virtude e o Céu, porquê e para quê seguir o "rebanho" inconscientemente? «Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que seguem por ele. Como é estreita a porta e quão apertado é o caminho que conduz à Vida, e como são poucos os que o encontram!» (Mat. 7:13-14). Deixe que o seu sentido de responsabilidade e de integridade a distingam do "rebanho".

Não diga: Não pretendo ser maldosa.

Eu posso até acreditar nisso. Mas o prejuízo moral que está a causar vestindo-se sem se importar com as consequências é um mal pelo qual será responsável.

Não diga: Acho que devo andar na moda e ser actual.

Porque existem muitas mulheres e raparigas bem formadas que, usando um pouco de desembaraço, acabam por vestir-se com charme e com uma modéstia cheia de encanto. Mas, cuidado com um estilo que, seduzindo os homens inclinados a morais corruptas, serve apenas a vaidade e o diabo, e será uma trágica decepção. Não importa como mudam as modas e os gostos: a lei moral nunca muda.

Não diga: Muitas vezes é difícil avaliar se um vestido é modesto ou não.

Ora reflicta: se suspeita que um prato de comida está envenenado, não o serve a ninguém, com medo de que faça mal. Então, ainda com muito mais sensatez se deve sentir segura se, ponderando, tiver qualquer suspeita de que a sua forma de vestir poderá ser uma fonte de mal. Uma consciência íntegra não reconhecerá o pecado como o maior dos danos?

"Que a alma, que me é cara entre todas, seja qual lírio no meio de espinhos" (Cânt. 2,2)

Não diga: Recuso-me a ser fanática e hipócrita!

Porque, como pode ser errado agir de acordo com uma consciência íntegra que lhe diz que uma ofensa contra Deus Todo-Poderoso é, verdadeiramente, o maior dos males? Um fanático e um hipócrita é uma pessoa que finge odiar o pecado e amar a Deus quando na verdade não se importa nada com isso; mas se eu lhe peço para se importar com tudo isto, como pode ser algo errado? Rectidão – que muitas vezes requer suor, lágrimas e coragem – nunca é o mesmo do que fanatismo e hipocrisia. E então os Santos, que lutaram corajosamente contra a imodéstia, terão sido fanáticos e hipócritas?

Não diga: Os homens apreciam-me mais assim.

Isso pode ser verdade para os homens que preferem um pouco de prazer em vez da amizade de Deus, mas já não é verdade para os homens que vivem de acordo com uma consciência recta. Além disso, lembre-se que é a Deus que um dia terá de prestar contas, não aos homens.

Não diga: O que é bonito é para se ver!

Eu poderia contrapor dizendo que "quando a beleza física é por demais mostrada, perde o seu encanto". Além disso, há uma beleza física que não pode ser exposta sem daí advir uma atracção que tenta os homens a satisfações proibidas. Por outro lado, se pensa na beleza que há em mostrar as pernas, porque é que nunca pensou na beleza que existe em mostrar uma modéstia Cristã e uma solicitude para o bem das almas?

Não diga: Mas eu tenho calor!

Claro que consegue aguentar o calor quando quer. Com certeza uma boa consciência é digna de um pouco deste tipo de sofrimento: muitas almas boas fazem o sacrifício de aguentarem o calor de bom grado, com a intenção de oferecer essa penitência a Deus. Mas - é triste dizê-lo - algumas raparigas e senhoras durante o tempo quente vão escassamente vestidas à Santa Missa e a outras reuniões da igreja; e, no entanto, elas mesmas vestem-se com modéstia quando trabalham num escritório onde recebem todo o tipo de clientes, ou quando são profesoras, ou quando trabalham em salões de venda onde devem atender todo o tipo de fregueses.

Não diga: Há problemas e pecadores bem maiores do que estes.

Sim, é verdade. Alguns pecados são mais graves que outros (João 19:11). Mas mesmo os mais pequenos de todos não deixam de ser pecados. Para merecer ir para o Inferno, não é preciso ser-se um criminoso ‘com a cabeça a prémio’! E eu tenho milhentas razões para a impedir de ir para lá. Eu mesmo irei para lá, se não tentar salvar os outros de lá caírem.

-Jovem, não deixe que nada nem ninguém a engane quanto ter uma consciência sã e privando-a do seu destino eterno!

Se pretende ser Cristã de facto e não apenas de nome, se quer ajudar e não impedir a acção da Graça para reformar as consciências, se amanhã não quer sentir remorsos nem o peso da culpa, então redobre os esforços para se vestir segundo a modéstia mariana:

...para poder mostrar-se como uma mulher Cristã e não como uma mera armadilha para homens;

... para poder elevar-se e inspirar um amor casto, e não incitar a prazeres proibidos.

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Fonte1 (texto): Exército Católico

Fonte2 (imagem)

Fonte3 (imagens)

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