terça-feira, 9 de novembro de 2010

Harry Potter - Heresias e perigos para a Fé

“Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, à feitiçaria, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou à invocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas, e é por causa dessas abominações que o Senhor, teu Deus, expulsa diante de ti essas nações.”
(Dt 18,10-12)


DO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA:

ADIVINHAÇÃO E MAGIA

"2115. Deus pode revelar o futuro aos seus profetas ou a outros santos. Mas a atitude certa do cristão consiste em pôr-se com confiança nas mãos da Providência, em tudo quanto se refere ao futuro, e em pôr de parte toda a curiosidade a tal propósito. A imprevidência, no entanto, pode constituir uma falta de responsabilidade.

2116. Todas as formas de adivinhação devem ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demónios, evocação dos mortos ou outras práticas supostamente «reveladoras» do futuro. A consulta dos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e de sortes, os fenômenos de vidência, o recurso aos “médiuns”, tudo isso encerra uma vontade de dominar o tempo, a história e, finalmente, os homens, ao mesmo tempo que é um desejo de pacto com os poderes ocultos. Todas essas práticas estão em contradição com a honra e o respeito, penetrados de temor amoroso, que devemos a Deus e só a Ele.

2117. Todas as práticas de magia ou de feitiçaria, pelas quais se pretende domesticar os poderes ocultos para os pôr ao seu serviço e obter um poder sobrenatural sobre o próximo – ainda que seja para lhe obter a saúde – são gravemente contrárias à virtude de religião. Tais práticas são ainda mais condenáveis quando acompanhadas da intenção de fazer mal a outrem ou quando recorrem à intervenção dos demónios. O uso de amuletos também é repreensível. O espiritismo implica muitas vezes práticas divinatórias ou mágicas; por isso, a Igreja adverte os fiéis para que se acautelem dele. O recurso às medicinas ditas tradicionais não legitima nem a invocação dos poderes malignos, nem a exploração da credulidade alheia."

"Mas afinal, porque o Pontífice recomenda a não-leitura da saga do bruxo popular, conto para crianças e jovens?

Se enumerarmos os escolhos e aberrações que o livro veste de inocência e candura, não sobraria blogue ao narrar as mais de 3000 mil páginas da série. Como tive contacto com os primeiros livros - algo que não recomendo em hipótese alguma para o seu filho ou seus irmãos, caro leitor - tenho uma facilidade maior de descrever os problemas que o livro apresenta, algo ainda não tão claro devido à falta de uma divisão na Santa Igreja que o fizesse, já que colocaram fim ao Index. Resta-nos somente o alerta do Papa, abafado em meio a inenarráveis eufemismos das nossas irresponsáveis e laicas redes de televisão.

Para começar com chave de ouro (e não terminar, porque a lista é muito longa) partamos para o sacrilégio do uso do Latim em todas as bruxarias que são lançadas no conto. Ora, o Latim é a língua da Igreja por vários motivos e um deles é o fato de estar "morta", o que equivale a dizer que não mais se mudará (isso à séculos) seu significado, e portanto, será um porto seguro para que se mantenha viva e coerente as orações cristãs. É sabido que o teor lexicológico e significativo das palavras se modifica quando ela é usada quotidianamente, o que de certo modo gerou todas as línguas mundiais. Então, quando se usa tão exclusivamente do Latim para se invocar bruxarias (não estamos fantasiando, existe a nomeação directa de bruxaria!) se realiza um sacrilégio e um grande desafio diabólico à Igreja que por tanto tempo manteve incorrupta esta língua.

Muito frívolo em contos, existe sempre um dualismo entre o bem e o mal. Mas não nos estranha o mal vencer ao final de uma saga? O bruxinho do "bem" é morto, tal como um mártir, falsificando todo o sentido religioso que existe em dar a vida por Jesus e Sua verdade.


Chamar os reais, os humanos, de Muggles - "trouxas", por não participarem da bruxaria é algo de teor mais grave. Imagine só que por uma inspiração uma criança de sete anos chama o avô ou a avó de "trouxa" por que eles não compactam com ele assistir estes filmes ou ainda ler a saga (o que é ainda pior, dado que a quantidade de informações é maior). Esta brincadeirinha que a saga prega se constitui como um "vá e desrespeite seus pais, eles são trouxas por não acreditarem que existem bruxos". Força-se à toda a família, o reduto da civilização e da cristandade no âmbito doméstico, a conviver com essa linguagem escusa em que o desrespeito é mascarado de brincadeira, repetida tantas vezes que se torna uma verdade.

Mais ainda vale destacar o gnosticismo que existe nesta saga, quando de que se atribuem poderes miraculosos para os bruxos, que são capazes de fazer coisas tão incomensuráveis que só o poder de Deus é capaz na realidade. Isto fica mais notável no filme (uma das produções mais caras da história), em que a tecnologia demonstra bem o que se pode fazer utilizando-se de simples bruxaria para mover águas, fazer alguém sofrer até a morte ou ridicularizar os semelhantes. Se desta maneira é, se o funcionamento da coisa permite, então é valida a "brincadeira inocente" dos copos, puro e herético espiritismo, para somente ocupar nossas mentes com actividades lúdicas.

Sinceramente, por menos Alexandre Dumas teve seu livro retido e distanciado das famílias Católicas; então qual é o motivo de deixarmos nossa infância se contaminar com o germe da heresia? Neste aspecto lembro-me de uma leitura muito interessante que fiz sobre D. Pedro II, onde o que mais me interessou em toda obra não fora seu conteúdo em si, mas a dedicação do autor em fazê-la segundo o que ensinava nossa Mater Ecclesia, lembrando em todo o prefácio a autorização episcopal para publicação da obra.

Enfim, então o que é recomendável para as crianças? Um bom catecismo de S. Pio X e as histórias das vidas dos santos, que nos inspiram a fazer o bem e a enraizar na nossa vida uma cultura de amor e santidade.

Falta-nos informação,
falta-nos sensibilidade,
falta-nos a Santa Inquisição!"


8 comentários:

  1. Que extremismo! Algo tão inocente, acho que existe coisas muito mais importantes para a igreja se preocupar do que com o jovem feiticeiro que não é mais que pura fantasia!


    Abraço joão!

    ResponderEliminar
  2. Pois é. Extremista ou não, estes livros deveriam fazer parte do Index e serem recolhidos.

    Se lesses o post com atenção percebias de que forma o demónio, quando isso lhe convém e Deus lho permite, se reveste de luz, de fantasia e inocência...

    ResponderEliminar
  3. Oh João com tanta gente a passar fome, a viver em situações desumanas, e ainda pensão no jovem feiticeiro? Importante é crianças a morrer de sida, importante é familias inteiras sem agua potável para beber, importantes são os INOCENTES que comem o pão que o Diabo amassou! É mau os livros, é mas não é o pior.

    ResponderEliminar
  4. Então fazemos assim:

    Tu vais dar metade da comida que tens em casa às crianças a morrer de fome e eu continuo a Cruzada contra as heresias. Pode ser? ;)

    Esse discurso não faz o mínimo sentido aqui.

    É mau passar fome? É mau morrer de SIDA? É, obviamente!

    É menos grave caírem tantas almas no Inferno por causa das heresias e satanismos apresentados como inocentes? Não, é mil vezes pior.

    ResponderEliminar
  5. Gostei do post, realmente é um perigo para os mais novos se envolverem com essa bruxaria toda... credo! A fantasia é uma boa maneira de entrar na cabeça das crianças...existe a boa fantasia e a má fantasia. Hoje em dia a má esta a ganhar... antigamente os desenhos animados, os contos para crianças, os livros infantis, eram utilizados para inspirar boas virtudes como a coragem, a amizade, o heroísmo, a partilha, hoje em dia não! É só sangue, violencia e ate satanismo, não da para ignorar! Acho importante conscientizar as pessoas! Principalmente os pais!!

    ResponderEliminar
  6. Infelizmente é assim! os filmes modernos, assim como a sociedade actual, estão impregnados de ideais anti-cristão, "Harry Potter" é a bruxaria, "Avatar" é o culto a natureza (paganismo), "Codigo da Vinci" e "Anjos e demonios" são calunias a Igreja no mais alto grau:

    http://professorfariahistoria.blogspot.com/2010/11/um-dos-bispos-mais-idosos-do-mundo.html

    http://professorfariahistoria.blogspot.com/2010/11/um-dos-bispos-mais-idosos-do-mundo.html

    Devemos selecionar muito bem o que ver ou nao!!

    ResponderEliminar
  7. Eu vi em algum lado uma noticia que os Wicca agradeciam a criadora de Harry Potter pois atraves de seu livro e dos filmes fizeram cada vez mais e mais adeptos em todo mundo, não consegui encontrar, mas com certeza li. É o que esse livro é: uma maquina de fazer bruxinhos... Deus tenha misericordia das crianças...

    ResponderEliminar