Santa Maria, Mãe de Deus,
Rogai por nós, pecadores,
Agora e na hora da nossa morte. Ámen.
Origem da Morte
A morte na ordem actual de salvação é consequência punitiva do pecado.
No seu decreto sobre o pecado original nos ensina o concílio de Trento que Adão, por ter transgredido o preceito de Deus, atraiu sobre si o castigo da morte com que Deus o tinha ameaçado e transmitiu esse castigo a todo o género humano. cf Dz788 s ; Dz 101, 175.
Ainda que o homem seja mortal pela sua natureza já que o seu ser está composto por partes distintas, sabemos pelo testemunho da revelação que Deus dotou o homem, no paraíso, do dom preternatural da imortalidade corporal. Mas, no castigo de ter quebrado a ordem que tinha imposto para o provar, o Senhor infligiu-lhe a morte, com que já antes o tinha intimidado. Gen2,16-17 «Podes comer do fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas o da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que o comeres, certamente morrerás».
S.Paulo ensina que a morte é castigo do pecado de Adão; « Por isso, tal como por um só entrou o pecado no mundo e, pelo pecado, a morte, assim a morte atingiu todos os homens, uma vez que todos pecaram...» Rom 5,12 « Portanto como pela falta de um só, veio a condenação para todos os homens, assim também pela obra de justiça de um só veio para todos os homens a justificação que dá a vida.» Rom 5,18 « É que o salário do pecado é a morte;» Rom 6,23.
O que é a morte?
A morte é a separação da alma do corpo.
O corpo é entregue à terra e aí se desfaz. Regressa ao pó donde saiu. Gn 3,19. Mas a nossa alma, não se desfaz, é imortal. Imediatamente depois da morte, a nossa alma comparecerá perante o Deus vivo Criador supremo de tudo quanto existe e aí será julgada. « Está determinado que os homens morram uma só vez, e depois disto será o juízo» Heb 9,27.
Pertence ao depósito da fé que a alma é a forma substancial do corpo (Denz 481). Pois bem, na morte rompe-se essa união substancial existente entre a alma e o corpo. O corpo sem o seu principio vital, do qual depende intrínsecamente fica sem vida e converte-se automaticamente em cadáver...Diz a sagrada escritura: « Lembra-te do teu Criador nos dias da mocidade, antes que venham os dias da desgraça...Antes que o fio de prata se rompa e o copo de ouro se parta, antes que o jarro se quebre na fonte a roldana rebente no poço, antes que o pó volte à terra de onde veio e o espírito [=alma] volte a Deus que o concedeu.» (Eclesiastes 12,1,6-7)
Significado da morte.
Com a chegada da morte cessa o tempo de merecer e desmerecer e a possibilidade de converter-se (sentença certa).
Esta doutrina da Igreja elimina a doutrina dos "origenistas" que defendiam que os homens e os anjos condenados acabariam por se converter e finalmente possuiriam a Deus. Diz o Magistério da Igreja em Denz. 211 « Se alguém disser ou sentir que o suplício dos demónios e dos homens é temporal e que terá fim algum dia, verificando-se a restituição e reintegração dos demónios e dos homens ímpios, seja anátema.» Vigilio, Papa (contra Origenes).
Também elimina a doutrina da "transmigração das almas" ou reencarnação muito difundida, segundo a qual a alma depois de abandonar o corpo actual, entra noutro corpo distinto até encontrar-se totalmente purificada para conseguir a bem-aventurança.
O sínodo de Constantinopla no ano 543 DC reprovou esta doutrina; Dz 211. É doutrina fundamental da Sagrada Escritura que a retribuição que se recebe na vida futura dependerá dos merecimentos ou desmerecimentos adquiridos durante a vida terrena. Segundo Mt, 25,34ss o Soberano Juíz faz depender a sua sentença do cumprimento ou omissão das boas obras na terra. O rico Epulão e o pobre Lázaro acham-se separados no mais além por um abismo insuperável (Lc 16,26). O tempo que se vive sobre a terra é "o dia", o tempo de trabalhar; depois da morte vem a "noite", quando já ninguém pode trabalhar" (Jo 9,4).
S.Paulo ensina : «Porquanto todos nós teremos de comparecer manifestamente perante o tribunal de Cristo, a fim de que cada um receba a retribuição do que tiver feito durante a sua vida no corpo, seja para o bem, seja para o mal» 2 Cor 5,10. Por isso nos exorta o Apóstolo a fazer o bem «enquanto temos tempo» Gal 6,10; cf Ap. 2,10.
Assim com a morte termina para a alma o tempo de proba ou o "estado de viajante" e penetra para sempre no "estado final ou eterno" aonde já não pode merecer nem pecar. Com a morte se chega ao estado de término, que permanecerá imutável por toda a eternidade. Mais além da morte não existe possibilidade de mudar o destino que o homem mereceu ao morrer.
A Morte e Maria Santíssima
Diz-se que um dia uma alma eleita, perguntou ao Bom Deus:- Porque certas almas que vivem no vosso amor, temem a morte? Não é ela a porta do Paraíso?
Eis o que Jesus respondeu:
" Minha Filha, a morte é temível porque é o castigo do pecador. Mas há uma luz que ilumina: minha Mãe! Na agonia da morte, quando o inimigo se levanta para roubar-me almas, eis que minha Mãe brilha, qual luzeiro luminoso e mostra-lhes que é mãe também dos pecadores e que há de advogar por eles ante o tribunal divino!
Se meus filhos, quando recitam " Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte" rezassem bem na vida, não teriam medo de morrer.
Quem é verdadeiro devoto de minha Mãe, morre com um sorriso nos lábios, porque Ela assiste a todos os meus filhos na hora da morte. Nesta hora suprema Ela vem assistir aos pobres pecadores para ver se ainda consegue abrandar os seus corações endurecidos. Como Me alegram os corações que nela confiam, porque ainda tenho esperança de salvá-los!
Quem conhecer esta Mãe amável e a invocar na vida com confiança, no meio da agonia, encontrará este farol luminoso, que lhe mostrará as portas do paraíso"
Maria! é a mais Bela Flor do altíssimo. Ela é a mais bela flor do Céu e da Terra, « humilde e elevada acima de qualquer criatura». Nenhum outro ser a poderá jamais igualar. Ela é a loucura de Deus, o delírio de Deus. Objeto da complacência divina. Ela nunca conheceu, mesmo por um instante, a escravidão de Satanás. Satanás odeia Maria, a Filha de Deus, a Mãe de Deus, o objeto das delícias divinas, a obra prima da Omnipotência, da Omnisciência e da Omnipresença Divina. Diante dela se inclinam as tropas angélicas e todos os santos do Paraíso. Maria põe em fuga todas as potências tenebrosas e com o seu pé esmaga, todas as vezes que quer, a cabeça da serpente venenosa, Satanás. «Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua linhagem e a linhagem dela. Ela te esmagará a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar.» Gn 3,15
Feliz de ti se invocas a Virgem Imaculada, a Porta do Céu no momento da tua morte e lhe suplicas que interceda por ti junto do Altíssimo. Sim, feliz de ti! Pois já estás a caminho do Paraíso. Se conhecêssemos o poder da Oração de Maria, junto do trono do Altíssimo! Por isso recomendo-te. Pensa em Maria, fala com Maria, Ora a Maria, suspira por Maria e entrega-te a Maria, durante toda a tua vida, mas de forma especial na hora da morte! E quando chegar a tua hora final sobre esta terra, invoca Aquela que é o Refúgio dos Pecadores e serás salvo.
Lembra-te de Maria e Ela lembrar-se-á de ti junto do Altíssimo.
Diz Santo Afonso Maria de Ligório que: « é impossível que alguém devoto de Maria se condene, se procura obsequiá-la e encomendar-se ao seu patrocínio... Aqueles devotos com desejo de emenda, juntam a fidelidade em obsequiar e encomendar-se à Mãe de Deus. Destes afirmo, que moralmente falando, não é possível que se condenem.» e Acrescenta: «...Oh Virgem benditissíma! Tão impossível é que se salve, o que de Ti se aparta, como perder-se o que se vale de Ti.» Glórias de Maria, Cap VIII.
Confesso que não me tenho comportado muito bem em relação à Santíssima Virgem Maria Nossa Senhora, mesmo nas minhas orações desesperadas que mais se confundem com simples ordens descaradas... Ela é a Mãe de Deus, é digna de todo o louvor, é o ser humano mais bem-aventurado de sempre, foi aquela que foi concebida sem a mancha do pecado original e continuou pura até à sua ascensão aos céus em vida!
ResponderEliminarPudera eu conseguir ser um valente e nobre cruzado capaz de se sacrificar a si próprio para servir a Deus, inclusive a morrer por Ele. Como o meu santo preferido, São Tomás Moro, o santo padroeiro da política e escritor da Utopia, que morreu mártir por se ter recusado trair a sua consciência, sucumbido à tirania do rei Henrique XVIII de Inglaterra depois de lhe ter dito que seria sempre bom servidor do rei, mas primeiro de Deus!
Tenho conhecimento de que sou um grandecíssimo pecador e que até tenho imensas dificuldades em viver a catolicidade, mas eu creio, mesmo que por muitas vezes isso me seja tão custoso.
Que Nossa Senhora olhe sempre por nós e esqueça todas as ofensas que nós (ou apenas eu) lhe possamos dirigir. Que a Santíssima Virgem Maria Mãe de Deus nos conforte, nos dê força e nos ensine a caminhar em direcção a Cristo sempre sem cessar neste mundo de dor e de sofrimento!
Abraço!
PS. Quando puderes, visita também o meu outro blog: www.fireheadsblog.blogspot.com :)
A verdade é que eu (e que Deus me perdoe se é pecado) tolero muito mais uma blasfémia ou um acto contra Deus ou Jesus Cristo (exceptuando a profanação da Sagrada Hóstia), ou outro santo que uma simples palavra menos digna sobre Maria.
ResponderEliminarConfesso que sou incapaz de me revoltar com Ela. Às vezes zango-me, regateio, desiludo.me e chateio-me com Ele (e vocês sabem...)mas penso nesta Mãe Santíssima e acalmo logo um pouco.
A verdade é que, com o passar dos anos, tenho a dizer que o amor e a devoção por Maria têm aumentado. Só tenho pena de não conseguir ainda imitar as Suas virtudes...a começar pela pureza :( mas tento!
E olha que te digo, por experiência própria: Ninguém chama por Maria que não alcance favor!
Recorre sempre a Ela, Hugo :) Reza o Terço, ou pelo menos 3 Avé-Marias de manhã e à noite a Nossa Senhora :)
Um abraço!