sábado, 20 de novembro de 2010

VIVA CRISTO REI!

“O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra. A Ele a glória e o poder pelos séculos dos séculos.”
(Ap 5,12; 1,6).


Um grito de guerra se escuta na face da Terra e em todo o lugar
Os prontos guerreiros empunham a sua espada e se alistam para a batalha.
Para isso foram treinados, para defender a Verdade,
E não lhes será tirado o fogo que está no seu sangue.

"Viva Cristo Rei!
Viva Cristo Rei!"
O grito de guerra que incendeia a Terra!
Viva Cristo Rei,
Nosso Soberano Senhor!
Batalhar por Ele é a maior honra!

Sabemos que esta batalha não é fácil e muitos se acobardarão

E baixam as armas frente ao inimigo, sem dúvida perecerão.
Eu tenho a minha espada bem erguida, como a usa o meu Senhor.
A Ele nada O derrotou, a Sua força é a de Deus.

Não conhecemos maior alegria, não existe mais honrosa vontade,
que, com meus irmãos, estar na linha e juntos a vida entregar.
É Ele que merece a Glória e nos recrutou por amor,
Diante d'Ele o joelho se dobra e se prostra o coração.
Lutar por Ele é a maior honra!
(Ouvir aqui - A letra da música não está traduzida literalmente)

Ele é Rei não porque se distancia de nós, mas precisamente porque se fez “Filho do homem”, solidário connosco em tudo. Ele experimentou nossas pobrezas e limitações; Ele caminhou pelas nossas estradas, derramou o nosso suor, angustiou-se com nossas angústias e experimentou tantos dos nossos medos. Ele morreu como nós, de morte humana, tão igual à nossa. Ele reina pela solidariedade.

Ele é Rei porque nos serviu: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mc 10,45). Serviu com toda a Sua existência, serviu dando sempre e em tudo a vida por nós, por amor de nós. Ele reina pelo amor.

Ele é Rei porque tudo foi criado pelo Pai “através dele e para ele” (Cl 1,15); tudo caminha para ele e, n'Ele, tudo aparecerá na Sua verdade: “Quem é da verdade, ouve a minha voz”. É n'Ele que o mundo será julgado. A televisão, os modismos, os sabichões de plantão podem dizer o que quiserem, ensinarem a verdade que lhes forem conveniente... mas, ao final, somente o que passar pelo teste da Cruz do Senhor resistirá. O resto, é resto: não passa de palha. Ele reina pela verdade.

Ele é Rei porque é o único que pode garantir nossa vida; pode fazer-nos felizes agora e pode nos dar a vitória sobre a morte por toda a eternidade: “Jesus Cristo é a testemunha fiel e verdadeira, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o soberano dos reis da terra”. Ele reina pela vida.

Sim, Jesus é Rei: “Eu sou Rei! Para isto nasci, para isto vim ao mundo! Mas o Seu Reino nada tem a ver com o triunfalismo dos reinos humanos – de direita ou de esquerda! Nunca nos esqueçamos que aquele que entrou em Jerusalém como Rei, veio num burrico, símbolo de mansidão e serviço.
Como coroa teve os espinhos;
Como ceptro, uma cana;
Como manto, um farrapo escarlate;
Como trono, a cruz.
Se quisermos compreender a realeza de Cristo, é necessário não esquecer isso! A marca e o critério da realeza de Cristo é e será sempre, a cruz!
Hoje, assistimos, impressionados, a paganização do mundo, e perguntamos: onde está a realeza do Cristo? – Onde sempre esteve: na cruz: “O meu reino nã
o é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”.

O Reino de Jesus não é segundo o modelo deste mundo, não se impõe por guardas, pela força, pelas armas: O meu Reino não é daqui! É um Reino que vem do mundo do amor e da misericórdia de Deus, não das loucuras megalomaníacas dos seres humanos. E, no entanto, o Reino está no mundo: “Cumpriu-se o tempo; o Reino de Deus está próximo” (Mc 1,15); “Se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então o Reino de Deus já chegou para vós” (Lc 11,20).


O Reino que Jesus trouxe deve expandir-se no mundo! O Reino do Cristo deve penetrar todos os âmbitos de nossa existência: a economia, as relações comerciais, os mercados financeiros, as relações entre pessoas e povos, a nossa vida afectiva, a nossa moral pessoal e comunitária.

Celebrar Jesus Cristo Rei do Universo é proclamar diante do mundo que somente Cristo é o sentido último de tudo e de todos, que somente Cristo é definitivo e absoluto.

Proclamá-lo Rei é dizer que não nos submetemos a nada nem a ninguém, a não ser a Cristo; é afirmar que tudo o mais é relativo e menos importante quando confrontado com o único necessário, que é o Reino que Jesus veio trazer. Num mundo que deseja esvaziar o Evangelho, tornando Jesus alguém inofensivo e insípido, um deus de barro, vazio e sem utilidade, proclamar Jesus como Rei é rejeitar o projecto pagão do mundo actual e proclamar: “O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra. A ele a glória e poder através dos séculos”. Amén (Ap 5,12; 1,6).

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