domingo, 27 de fevereiro de 2011

A prática homossexual não procede de uma complementaridade afectiva e sexual verdadeira.


A homossexualidade

“A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atracção sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo”. Muitas vezes usa-se o termo lesbianismo para tal prática entre o sexo feminino. (Cf. Catecismo da Igreja Católica n. 2357).

Os homossexuais podem ser:

1) pessoas com tendência homossexual, mas que a ela resistem, ou seja, não praticam aquilo que o desejo lhes impele;

2) pessoas que tiveram uma experiência homossexual, geralmente na infância, e, por não ter uma formação adequada e um estado de maturidade ainda incompleto (geralmente na idade da adolescência), “acham" que é homossexual, podendo passar a praticar o acto;

3) pessoas que assumiram a vida homossexual, não se importando com a imoralidade desta, e até vêem nela uma prática “normal” e até motivo de orgulho e propagação;

Causa (s) do homossexualismo

A prática homossexual é uma disfunção, que pode ter várias causas, mas não há uma causa biológica. [Por muito que se tente encontrá-la]. Geralmente têm origem na relação com os pais e com os companheiros na infância e na adolescência.

No entanto, a causa directa dos actos de homossexualidade é a livre vontade humana. Nesse sentido, é correcto dizer que o homossexualismo é uma “opção”. Uma opção má, mas uma opção.

O homossexualismo é, antes e acima de tudo, um vício, ou seja, algo que se opõe directamente a uma virtude, no caso à virtude da castidade, que regula o instinto sexual segundo a recta razão.

Além de ser contrário à moral (assim como o adultério), ele contraria a natureza: (como também a bestialidade, a relação sexual anal, oral, etc), o que o torna mais grave entre todas as espécies de luxúria.

O que diz a Igreja sobre a homossexualidade

A Igreja é muita clara sobre sua posição quanto à homossexualidade:

Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que "os actos de homossexualidade são intrínsecamente desordenados". São contrários à lei natural. Fecham o acto sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afectiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados”. (Cat. 2357)

Note-se que a Igreja fala “apoiando-se na Sagrada Escritura” (cf. Lv. 18,22; Rom 1,24-27). Fala abertamente contra o homossexualismo enquanto prática, o que é diferente de “sentimento”. O "gostar de alguém do mesmo sexo" não é em si um pecado. Torna-se pecado se a pessoa se deixar levar por isso e passar a praticar isso.

Se não, é antes uma cruz no caminho daquela pessoa. Por exemplo, um homem casado pode sentir atracão por outra mulher no seu trabalho e ser provocado por aquela. Ainda não é pecado. Ele tem que lutar contra isso (fugir de ocasiões, rezar, amar sua esposa, etc). A graça de Deus o ajudará a vencer essa cruz. Do mesmo modo, se a pessoa homossexual não luta contra a sua fraqueza, mas aceita e pratica tais actos, aí sim ela está em pecado grave.

Note-se, todavia, que há pessoas que sofrem tais atracções homossexuais sem o desejarem. Sobre estes, diz a Igreja:

Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objectivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição” (Cat. n. 2358).

"Então Jesus disse aos seus discípulos: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me" (Mt 16,24).
A pessoa com tendência homossexual deve então ser um eterno infeliz, por negar-se a si mesma?

"O reino dos céus é como um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra. Então, esconde-o novamente e, cheio de alegria, vai vender tudo o que tem e compra esse campo." (Mt. 13,44ss);
"Como o Pai me ama assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor. Se observardes os meus mandamentos permanecereis no meu amor, como eu cumpro os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos digo isto para que minha alegria esteja em vós e vossa alegria seja completa." (cf. Jo. 15,9ss)
Percebemos a palavra alegria nestas passagens?
Claro que é uma alegria "diferente", pois é a alegria interior de quem sabe que está fazendo a vontade de Deus, ainda que para isso tenha que carregar a cruz, negando-se a si mesmo.
Nem tudo o que sentimos e gostamos é o certo. Se nos deixarmos levar pelo que sentimos e gostamos nos tornamos hedonistas e escravos de nossos desejos. Sabendo disso, Deus nos deixou mandamentos de certo e errado. PARA O NOSSO PRÓPRIO BEM.
Às vezes não entendemos e temos a tendência de ver a culpa em Deus. Mas não é assim. A verdade é que temos em nós várias feridas, carências, etc, com as quais devemos lutar e superar.
Mas não foi Deus quem colocou essas fraquezas em nós. Elas são fruto da nossa condição de pecadores e/ou da acção de outros sobre nós.

A Comunhão

Com isso respondemos à pergunta acima, se um homossexual pode ou não receber a Eucaristia. Caso ele sofra atracções pelo mesmo sexo, mas luta contra o pecado (aceitar e praticar tais atracções) e procura viver em estado de graça, confessando-se , não há pecado e ele pode – e deve – receber a Santíssima Eucaristia. Caso ele viva uma vida depravada, ele jamais poderia receber o Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, a Eucaristia, pois estaria comendo sua própria condenação (cf. 1 Cor. 11,27-30).

Neste caso não há uma discriminação humana, mas uma proibição explícita da parte do próprio Deus, que fala por sua Palavra.
Assim como todo baptizado, o homossexual é chamado a assumir a cruz e lutar pela santidade, como nos diz a Igreja:

As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental [principalmente frequentando regularmente a Confissão e Santa Missa], podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã”. (Cat. n. 2359)

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