sábado, 26 de março de 2011

SALMOS PENITENCIAIS - Salmo 37


Não me repreendais, Senhor, na vossa ira,
nem me castigueis na vossa indignação.
Em mim se cravaram as vossas setas,
sobre mim caiu a vossa mão.

Não há parte sã no meu corpo por causa da vossa cólera;
por causa do meu pecado
nem os meus ossos ficaram inteiros.

As minhas culpas se elevam acima da cabeça
e como fardo pesado me esmagam.

Minhas chagas são fétidas e purulentas,
por causa da minha insensatez.

Estou abatido, todo curvado,
passo o dia inteiro cheio de tristeza.

Os meus rins ardem de febre,
não há parte sã no meu corpo.

Estou aflito, todo alquebrado,
arranco gemidos do meu coração.

Diante de Vós, Senhor, estão os meus desejos,
não Vos são ocultos os meus lamentos.

Estala-me o coração, falham-me as forças,
e a luz dos meus olhos, até ela se apaga.

Amigos e companheiros fogem da minha desgraça
e os meus parentes ficam ao longe.

Os que procuram tirar-me a vida armam ciladas;
os que me querem mal decidem perder-me
e passam o dia a maquinar traições.

Eu, porém, sou como surdo, não oiço;
como mudo que não abre a boca.

Tornei-me como homem que não ouve
e não tem réplica na sua boca.

Em Vós, Senhor, pus a minha esperança,
Vós me respondereis, Senhor, meu Deus.

Eu disse: «Não se riam de mim,
nem se alegrem à minha custa,
se meus pés vacilarem».

Estou prestes a cair
e tenho sempre presente esta aflição.

Reconheço a minha culpa,
estou inquieto por causa do meu pecado.

Os meus inimigos vivem e são mais fortes do que eu
e são muitos os que me odeiam sem motivo.

Os que pagam o bem com o mal me perseguem,
porque me esforço por fazer o bem.

Não me abandoneis, Senhor,
meu Deus, não Vos afasteis de mim.

Senhor, minha salvação,
socorrei-me e salvai-me.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre,
pelos séculos dos séculos. Ámen.

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