segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Catolicismo x Socialismo

"As coisas que procedem de Deus estão ordenadas."
(Rom 13, 1)

Vencedor das Eleições Legislativas, vamos ter de gramar este Governo socialista por mais algum - espero que não muito - tempo.

Um governo que achou que o infanticídio intra-uterino deveria ir a referendo, tendo a "sagrada" maioria do povo "soberano" - que é "quem mais ordena" - decidido que matar crianças não deveria ser considerado crime, desde que tenham idade de menos de 10 semanas.

Um governo depravado que, na sua insanidade e imoralidade "para bem das nossas crianças", decidiu que a escola deve (des)educá-las no que respeita à sexualidade.

Um governo imperador da cultura da morte, que irá sugerir, futuramente, que se matem - legalmente - pessoas incapacitadas, em fase terminal ou velhinhos, alegando o falso "direito a morrer".

Um governo gayzista, que procurará incutir na sociedade a "normalidade" de haver "casais" formados por pessoas do mesmo sexo, chamando a essas células tumorais da sociedade de "família". Falsamente em nome do "combate à homofobia". Quererá apresentar como "normal" haver crianças - se as deixarem nascer - ter dois pais ou duas mães. Ou três...ou quatro...

Houve uma oportunidade de mudança. O "povo soberano", apesar das críticas, dos protestos e de tudo o mais, parece estar a gostar de levar no lombo. Muitos estão-se nas tintas para o país, que nem se dignaram a ir votar. A esses, o meu desprezo. Outros decidiram manter tudo na mesma e levar Portugal, outrora a "Nação Fidelíssima", para o abismo.

Os que agora ganharam defendem as coisas mais sórdidas e querem implantá-las na sociedade.

Mas serão os mesmos, os que formarão este governo maçónico, que estarão na primeira fila quando o Santo Padre pisar a nossa terra.

Hipócritas. Sem vergonha.

Ah! mas Bento XVI não está, como se diz por aí, isolado no Vaticano, num mundinho à parte. Sabe muito bem na desgraça em que estamos.

Nesta noite após as Eleições Legislativas de 2009, decidi escrever sobre a inpossibilidade de se ser socialista e católico ao mesmo tempo.

Jesus manda que amemos com desigualdade. Primeiro a Deus acima de todas as coisas. Depois aos outros. E amar os outros com desigualdade, equanto o socialismo quer a igualdade. Amar o próximo, logo após de amar a Deus acima de tudo. E próximos de nós, são, em primeiro lugar, pai e mãe, esposa, irmãos e filhos. A seguir são nossos próximos, os amigos, os conhecidos, os vizinhos, os compatriotas, e finalmente todos os homens.

Pio XI ensinou que ninguém pode ser católico e socialista, ao mesmo tempo, e que catolicismo e socialismo são termos contraditórios (Encíclica Quadragésimo Anno). O ponto de fundamental oposição entre socialismo e Cristianismo é o problema da igualdade. Para o socialismo a igualdade entre os homens é um bem em si. Para o Cristianismo, a desigualdade entre os homens, e em tudo, é um bem em si mesmo.

São Tomás ensina que: Todo ser inteligente age conscientemente em ordem. Deus é infinitamente inteligente. Logo, Deus faz tudo em imensa ordem. Coisas iguais não podem ser postas em ordem entre si.

Ora, Deus fez tudo em ordem. Logo, Deus fez tudo com desigualdade. O grau de ordem reflecte, como em imagem, o grau da inteligência ordenadora. Deus fez o universo em ordem. Logo, a ordem do universo é uma imagem da Sabedoria de Deus. Logo, amar a desigualdade é amar a ordem. Amar a ordem é amar a imagem da Sabedoria de Deus. Amar a imagem da Sabedoria de Deus é amar a Deus, pois quem detesta a fotografia de alguém, não detesta o papel da foto: detesta a pessoa fotografada.

Portanto, o socialismo, querendo a igualdade, detesta a ordem. Detestar a ordem é detestar a imagem da Sabedoria de Deus. Detestar a Imagem da Sabedoria de Deus é detestar o próprio Deus. Amar a igualdade é odiar a Deus.

Portanto, ser socialista implica odiar a Deus. Ora, o Cristianismo manda amar a Deus sobre todas as coisas. Logo, Cristianismo e socialismo são contraditórios. Ninguém pode ser católico e socialista, ao mesmo tempo.

Falsamente, se costuma dizer que Cristo pregou a igualdade.

Já vimos que Ele mandou amar mais ao próximo. Ele, sendo Deus, infinitamente bom e infinitamente justo, jamais tratou os homens com igualdade, pois disse que o Reino dos Céus é semelhante a um rei que deu cinco talentos para um servo, dois talentos, para outro; e um talento, para um terceiro. E depois veio ainda cobrar os juros. Logo, é mentira que Cristo pregou a igualdade, pois disse que "A quem muito foi dado, muito será pedido".

O mal mais profundo da sociedade moderna é o humanismo sentimentalóide. O mal é a "civilização" chamada moderna, que antes deveria ser chamada de barbarização moderna, da qual o capitalismo é um dos efeitos.

Está no Evangelho o aviso de Nosso Senhor Jesus Cristo aos cristãos dos últimos tempos, e os de agora a devem tomá-lo como se o fossem: “Então se alguém vos disser: Aqui está o Cristo ou ali; não lhe deis crédito. Porque se levantarão falsos cristãos e falsos profetas... Se pois vos disserem: Ei-lo, está no deserto: não saiais. Ei-lo, aqui, no recôndito da casa; não deis crédito”.

E é Pio XI, com quem está o verdadeiro Cristo, quem responde na Encíclica “Quadragesimo Anno” as afirmações de todos os que pretendem unir, numa acção comum, o Catolicismo e o socialismo, de todos os que dizendo-se católicos também se dizem socialistas. Eis as palavras de S. Santidade afirmando que “catolicismo e socialismo são termos contraditórios”:

DA ENCÍCLICA QUADRAGESIMO ANNO:

Contraste com a doutrina católica

“E se o socialismo estiver realmente tão moderado no tocante à luta de classes ou à propriedade particular, que já não mereça nisto a mínima censura? Terá renunciado por isto à sua natureza essencialmente anticristã? Eis uma dúvida, que a muitos trás suspensos. Muitíssimos católicos convencidos de que os princípios cristãos não podem jamais abandonar-se nem obliterar-se, volvem os olhos para esta Santa Sé e suplicam instantemente que definamos se este socialismo repudiou de tal maneira as suas falsas doutrinas, que já se possa abraçar ou quase baptizar, sem prejuízo de nenhum princípio cristão. Para lhes respondermos, como pede a Nossa paterna solicitude, declaramos:

“O socialismo quer se considere como doutrina, quer como fato histórico, ou como “acção”, se é verdadeiro socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça nos pontos sobreditos, não pode conciliar-se com a doutrina católica; pois concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã.

“Com efeito, segundo a doutrina cristã, o homem sociável por natureza é colocado nesta terra, para que, vivendo em sociedade e sob a autoridade ordenada por Deus, cultive e desenvolva plenamente todas as suas faculdades, para louvor e glória do Criador, e pelo fiel cumprimento dos deveres da sua profissão ou vocação, qualquer que ela seja, granjeie a felicidade temporal e eterna. Ora o socialismo, ignorando por completo ou desprezando este fim sublime dos indivíduos e da sociedade, opina que o consórcio humano foi instituído só pela vantagem material que oferece. E na verdade do facto que o trabalho convenientemente organizado é mais produtivo que os esforços isolados, os socialistas concluem que a actividade económica deve necessariamente revestir uma forma social. Desta necessidade segue-se, segundo eles, que os homens por amor da produção são obrigados a entregar-se e sujeitar-se completamente à sociedade.

Mais: estimam tanto os bens materiais que servem à comodidade da vida, que afirmam deverem pospor-se e mesmo sacrificar-se quaisquer outros bens superiores e em particular a liberdade às exigências de uma produção activíssima. Esta perda da dignidade humana, inevitável no sistema da produção “socializada”, julgam-na bem compensada com a abundância dos bens que, produzidos socialmente, serão distribuídos pelos indivíduos, e estes poderão livremente aplicar a uma vida mais cómoda e faustosa.

Em consequência a sociedade sonhada pelo socialismo não pode existir nem conceber-se sem violências manifestas; por outra parte goza de uma liberdade não menos falsa, pois carece de verdadeira autoridade social; esta não pode fundar-se nos cómodos materiais, mas provém somente de Deus Criador e fim último de todas as coisas”.
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Neste tempo em que o confucionismo domina, e que todos pretendem estar ao mesmo tempo de acordo com o mundo e com a Verdade, é preciso que se saiba onde ela realmente está. A voz de Roma, a voz do Sumo Pontífice é a única infalível; não há outro Cristo, nem no deserto, nem no mais recôndito das casas.

Fontes: http://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG%20370103_CatolicismoePol%C3%ADtica.htm;
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=politica&artigo=20040726143213&lang=bra
+
Nossa Senhora do Rosário de Fátima,
salvai-nos e salvai Portugal!

4 comentários:

  1. É mesmo verdade, subscrevo.
    Infelizmente lá vamos ter de gramar com o PS mais quatro anos... ou pelo menos mais dois, mas não me parece... ele está lá para durar, foi essa a vontade soberana do povo!
    Faz-me confusão ver tanto absentismo nas eleições. Para quê é que precisamos, então, de viver em democracia se, desculpa a rudeza, o pessoal está-se a cagar para a política? Para isso mais valia vivermos em ditadura. Podemos não ter liberdade sequer para dar um peido, mas ao menos havia mais segurança, mais respeito, havia valores e dignidade.
    O confucionismo domina? Confucionismo de Confúcio? :P

    Um abraço... e lembra-te sempre das profecias... elas estão tão simplesmente a ser cumpridas e nós já devíamos estar mais que cientes disso...

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  2. Eu fiquei possesso no Domingo. Tive mesmo de me acalmar! Não imaginava que o povo "soberano", depois de tantas críticas, voltasse a eleger estes palhaços para governarem o país.

    Não, não reconheço nem concordo com a treta da soberania do povo.

    Dizes tu e muito bem, para isso, mais valia a ditadura!

    Confusionismo, queria eu dizer. De confusão mesmo!

    As profecias cumprem-se a passos largos, man!

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  3. Loololol... as profecias cumprem-se a bue da bue... lool...

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  4. Bem.... andas inspirado, muito bem.

    Não concordo contyudo mas na ideia geral estamos lá.

    "Interceda por nós A Virgem Cheia de Graça"

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