quinta-feira, 2 de abril de 2009

Recordando o Santo Padre João Paulo II

Há quatro anos atrás o Papa João Paulo II falecia em Roma às 20h37 (hora portuguesa), enquanto na praça de São Pedro milhares de fiéis rezavam em silêncio pelo Sumo Pontífice.

Extracto da homilia do Cardeal Joseph Ratzinger nos funerais do Papa João Paulo II, a 8 de Abril de 2005:

Segue-me! Em Outubro de 1978 o Cardeal Wojtyla escutou novamente a voz do Senhor. Renova-se o diálogo com Pedro no Evangelho desta celebração: “Simão, filho de João, Amas-me? Apascenta as minhas ovelhas!”

À pergunta do Senhor: “Karol amas-me?”, o Arcebispo de Cracóvia respondeu do mais profundo do seu coração: “Senhor, tu sabes tudo: Tu sabes que te amo”.

O amor a Cristo foi a força dominante do nosso amado Santo Padre. Quem o viu rezar, quem o ouviu pregar, sabe-o. E assim, graças a este profundo enraizamento em Cristo, pôde levar um peso superior às forças puramente humanas: Ser pastor do rebanho de Cristo, da sua Igreja universal. Ele interpretou para nós o mistério pascal como um mistério da Divina Misericórdia.

Escreve no seu último livro: O limite imposto ao mal “é em definitiva a divina misericórdia” (Memória e Identidade”, pág. 70). E reflectindo sobre o atentado diz: “Cristo, sofrendo por todos nós, deu um novo sentido ao sofrimento; inseriu-o numa nova dimensão, numa nova ordem: aquela do amor… é o sofrimento que queima e consome o mal com a chama do amor e traz também ao pecado uma multiforme renovação de bem” (pág. 199). Animado por esta visão, o Papa sofreu e amou em comunhão com Cristo e por isso a mensagem do seu sofrimento e do seu silêncio foi tão eloquente e fecunda.

Na Divina Misericórdia, o Santo Padre encontrou o reflexo puro da misericórdia de Deus em Maria, Sua Mãe. Ele, que tinha perdido a sua em tenra idade, tanto mais amou a Mãe divina. Ouviu as palavras do Senhor crucificado como ditas a ele pessoalmente: “Aqui tens a tua mãe!”. E procedeu como o discípulo predilecto: acolheu-a no íntimo do seu ser (Jo 19, 27): Totus tuus. E da mãe aprendeu a conformar-se com Cristo.

Para todos nós permanece como inolvidável o último domingo de Páscoa da sua vida, o Santo Padre, marcado pelo sofrimento, acercou-se ainda uma vez da sua janela do Palácio Apostólico e uma última vez deu a bênção “Urbi et orbi”. Podemos estar certos de que o nosso amado Papa está agora na janela da casa do Pai, vê-nos e abençoa-nos.

Sim, abençoa-nos, Santo Padre. Nós encomendamos a tua querida alma à Mãe de Deus, tua Mãe, que te guiou em cada dia e te guiará agora à glória eterna do Seu Filho, Jesus Cristo nosso Senhor.
Ámen.

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Fidelium animae per misericordiam Dei
requiescant in pace.

2 comentários:

  1. Há só um "pequeno" pormenor que não convém esquecer,em momento solene de evocação da saudosa memória do Papa João Paulo II:foi também contra ele que o lefevbrista Juan Krohn atacou...

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  2. querido e amado Santo Padre João Paulo II não tenho duvidas que és santo e que nos abençoas do céu ao lado de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus á muito que estas no meu coração e onde permanecerás até eu morrer.Voltaremos a vermos nos .....

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