"Os espíritos das trevas espalharão por toda parte um relaxamento universal em tudo o que se refere ao serviço de Deus (...) Os governantes civis terão todos um mesmo objectivo, que consistirá em abolir e fazer desaparecer todo princípio religioso. Deus vai esgotar a Sua cólera, e ninguém poderá fugir a tantos males acumulados".
(Nossa Senhora, em La Salette)
Um texto que podia muito bem ser aplicado ao nosso Portugal doentio :
"Quando jovem, aprendi que o Legislativo legislava, o Executivo executava e o Judiciário julgava. Já se vão aqueles tempos! Hoje o Executivo e o Judiciário legislam e o legislativo homologa e faz discursos. Quando jovem, aprendi que a Democracia era “o governo do povo, pelo povo e para o povo”. Hoje, o povo, “é apenas um detalhe”. A Democracia é um governo contra o povo. O Estado não é mais “a sociedade politicamente organizada”, mas um aparelho burocrático que representa interesses dominantes, econômicos e ideológicos. Periodicamente as “eleições” são uma manifestação teatral de “escolha”entre os que foram escolhidos para nós escolhermos, e mandar na gente no período seguinte.
Sabemos que o povo, a nação, a cultura ocidentais – inclusive a nossa – sem negar direitos, considera o homossexualismo um comportamento desviante e moralmente condenável, afirmando a normatividade da heterossexualidade. Mas, povo, nação, cultura, pouco importam diante dos aparelhos ideológicos incrustados na mídia, na academia e no interior do Estado, herdeiros de uma atitude iluminista, imbuídos de uma “missão civilizatória” de nos salvar de nós mesmos. É uma articulação internacional, é um rolo compressor, é uma overdose, é uma tentativa de lavagem cerebral, e de por na cadeia os não “laváveis”.
Quando se trata de culturas primitivas, mesmo que nelas conste o infanticídio, ou a lesão ao clitóris das jovens, tudo bem, afinal se trata dos “bons selvagens”, que devem ser respeitados! Mas se a cultura for ocidental, e tiver alguma herança ou valor cristão, tome cacetada! O Estado vai se transformando em um grande campo de reeducação, e isso não tem vínculos com partido A ou B, mas é um “partido” em si mesmo.
Ë dentro dessa moldura geral, que nos deparamos com a ação legisferante de tribunais, como o que recentemente legitimou o emparelhamento de homossexuais (...).
Como já se afirmou: “Antigamente, o homossexualismo era crime, depois se tornou tolerado, agora é um direito, e breve a heterossexualidade será um crime”.
Às portas de ano eleitoral os lobbies estão soltos extraindo do(a)s candidato(a)s compromissos vanguardistas para nos “corrigir”. E nós?"
Paripueira (AL), 29 de abril de 2010,
Anno Domini.
+Dom Robinson Cavalcanti, ose
Bispo Diocesano
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