“Os sacerdotes, ministros de meu Filho, os sacerdotes, por sua má vida, por suas irreverências e sua impiedade em celebrar os santos mistérios, por amor do dinheiro, das honras e dos prazeres, os sacerdotes tornaram-se cloacas de impureza. "
Sim, os padres pedem vingança, e esta está suspensa sobre as suas cabeças. Desgraçados dos padres e das pessoas consagradas a Deus, as quais, por suas infidelidades e sua má vida crucificam novamente o meu Filho! Os pecados das pessoas consagradas a Deus clamam ao Céu e chamam a vingança e ela está às suas portas, pois não se encontra ninguém para implorar misericórdia, e perdão para o povo; não há mais almas generosas não há mais ninguém digno de oferecer a Vítima sem mancha ao Pai Eterno em favor do mundo.”
(Nossa Senhora, em La Salette, 1860)
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Nos dias de hoje, a Santa Igreja de Deus assemelha-se a uma fortaleza que sofre um duplo e sincronizado ataque, de seus inimigos externos que investem contra suas muralhas e dos inimigos internos que enfraquecem a sua defesa, produzem o desânimo e auxiliam o inimigo.
De certa forma, apesar das diferenças e divergências, tanto os inimigos externos como os internos formam um único exército combatente, pois ambos se deixaram seduzir pelo “príncipe deste mundo, o grande Dragão, a primitiva Serpente, chamado Demónio e Satanás, o sedutor do mundo inteiro.”
“Aquele que peca é do Demónio.” (1 João 3:8).
Com efeito, como ressalta o Cardeal Charles Journet, os pecadores, naquilo que ainda existe de santo neles, eles ainda estão unidos à Igreja, permanecem em seu seio. Mas, em virtude do pecado mortal que penetrou em seus corações eles pertencem principalmente ao mundo e ao demónio.
Esta realidade foi ressaltada pelo Papa Bento XVI na homilia da Missa da solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, na Basílica do Vaticano:
“De facto, se pensarmos nos dois milénios de história da Igreja, podemos observar que – como tinha prenunciado o Senhor Jesus (cf. Mt 10, 16-33) – nunca faltaram para os cristãos as provas, que nalguns períodos e lugares assumiram carácter de verdadeiras perseguições. Mas elas, apesar dos sofrimentos que provocam, não constituem o perigo mais grave para a Igreja. O dano maior, de facto, é-lhe causado por aquilo que polui a fé e a vida cristã dos seus membros e das suas comunidades, corrompendo a integridade do Corpo místico, enfraquecendo a sua capacidade de profecia e de testemunho, ofuscando a beleza do seu rosto.”
Ajudando aos inimigos da Igreja
Ainda agora, o Prelado português concedeu entrevista na qual leva o favorecimento da agenda homossexual mais longe ainda do que fez o Cardeal Schonborn, Arcebispo de Viena em recentes declarações (as quais, infelizmente, ele nem as desmentiu nem se desculpou publicamente por elas).
A entrevista do bispo Torgal Ferreira foi publicada no jornal on line I-online, de 26 de Junho último.
“Aceito homem que viva com um homem”
Perguntado a respeito da recente aprovação da lei que permite o “casamento” entre homossexuais em Portugal, o bispo Torgal respondeu dizendo que não concordava com o "casamento" homosexual embora aceitasse a união legal e foi ainda mais longe:
“Concordo e aceito um homem que viva com um homem e uma mulher que viva com uma mulher.”
“Isso não o choca?” perguntou a jornalista ao que o bispo respondeu enfático:“É evidente que não. A atitude que tenho de ter é a respeitabilidade.” [sempre os malditos respeitos humanos!!!!! Já não há pachorra...]
O eclesiástico deixou claro que não se referia a uma hipotética e quase impossível convivência casta de dois homens ou duas mulheres que sentem intensa atracão sexual recíprocas. Diante da ponderação da entrevistadora de que “a Igreja acolhe os homossexuais … desde que não pratiquem a sua homossexualidade…” o bispo Torgal Ferreira usou de ironia:
“Com certeza que um casal homossexual não é um teórico, não é? E os afectos traduzem-se por essa prática [homossexual], por essa fusão psíquico-afectiva da unidade misteriosa que é o ser humano.” [tanto bla bla bla vomitado, para dizer um eufemismo de SODOMIA, pecado mortal que brada aos céus por vingança!]
Insistiu ainda a jornalista: “A Igreja tem de entender isso?” e a resposta foi peremptória:
“Entender, sim. Sacralizar é que não – porque o amor, para a Igreja, é um sacramento, o matrimónio.”
Negando o princípio da universalidade das leis morais, acrescentou:
“Esta é uma matéria muito complexa, que tem de ser muito bem compreendida. E nenhuma instituição pode dizer se aceita ou não aceita. Cada caso é um caso.” [no comment]
Nudismo na praia? “Que mal teria?”
Consequente com esse amoralismo, o bispo Torgal Ferreira aceita outras formas de aberração. Com efeito, se a Igreja − intérprete da Lei natural e da Revelação − não pode condenar de modo objectivo e universal todos os actos homossexuais, também não pode se pronunciar sobre o exibicionismo nudista, uma vez que tudo dependeria da intenção subjectiva de cada pessoa.
Dessa forma, o bispo chega a justificar o nudismo nas praias. Diz ele: “as pessoas encontram−me na praia. Vamos imaginar a seguinte situação: [Alguém que me vê diz] ‘Então você estava ali deitado, ao lado de uma rapariga [moça] a fazer topless?’ E então? Que mal teria?” [aqui na Terra, um escândalo, além de uma vergonha para um Sucessor dos Apóstolos - será que ele sabe que o é? Na eternidade, apenas o mal absoluto e eterno...coisa pouca, portanto!]
Mais grave ainda do que tal afirmação absurda é a doutrina com que o bispo a justifica. Disse ele que “a maldade está na forma como se pensa o mundo,” continuando: “Quem conhece o mundo e o adora, olha-o de forma límpida e feliz.” [Alguém lembra ao sr BISPO o primeiro mandamento da Lei de Deus, para ele perceber que não se adora a não ser a Nosso Senhor?! Ai, santa paciência!! Isto não é só burrice....]
Dessa forma, segundo o Prelado, o critério para a moral não são os ditames da Lei Eterna e da Lei Natural, mas sim a conformação com o mundo. Ora, isso é exactamente o contrário do que nos ensina São Paulo: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito.”
O bispo Torgal Ferreira defendeu também a contracepção e a mudança das estruturas da Igreja num sentido igualitário. Já anteriormente ele havia criticado o Papa Bento XVI quando este condenou o uso do "santo látex" como “terapia” para evitar a epidemia da SIDA.
“Coragem! Eu venci o mundo”
A Fortaleza de Cristo, isto é, a sua Igreja − Una, Santa, Católica e Apostólica − encontra-se em plena luta contra aqueles que, dentro ou fora dela, deixaram-se seduzir pelos “príncipes deste mundo tenebroso … as forças espirituais do mal.”
Aqueles que pecam na Igreja, sobretudo nos actuais escândalos sexuais, dão pretexto para os mundanos atacarem não o pecado, com o qual são coniventes, mas a Igreja que é contra o pecado. Desse modo, intencionalmente ou não, eles se tornam aliados dos inimigos da Esposa Mística de Cristo.
Parece oportuno lembrar que, desde os inícios da Igreja, os dissidentes em seu seio procuraram o apoio dos poderosos do mundo para forçar as mudanças doutrinárias e institucionais na Igreja. E hoje assistimos a uma aliança − ao menos de fato, embora não necessariamente intencional − entre progressistas e dissidentes, tanto clérigos como leigos, e a media liberal, que lhes dá voz, ao mesmo tempo que promove por imagens e escritos a imoralidade mais desenfreada.
Não devemos desanimar por causa dos escândalos. Jesus nos advertiu de que eles são inevitáveis.
Da mesma forma, não devemos nos deixar iludir pelo modo como a media noticia os fatos.
Manifestemos toda nossa indignação contra os escândalos, mas continuemos a denunciar aqueles que, no interior da Fortaleza, estão fazendo o jogo dos adversários. No entanto, levemos cuidado para não fazer o jogo do adversário e apoiar a media em sua campanha anticristã. Não é a media amoral que nos salvará.
Voltemo-nos para Aquele do qual nos vem a salvação Nosso Senhor Jesus Cristo:
“No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo.”
Que Maria Santíssima, Auxiliadora dos Cristãos, interceda por nós.
Acrescento o seguinte texto:
ResponderEliminar“Nulla re Deus magis offenditur, quam quando peccatores sacerdotii dignitate praefulgent – Nunca Deus é tão ofendido como quando os que o ultrajam estão revestidos da dignidade sacerdotal”. (São João Crisóstomo)
Pax et bonvs!