"Bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus!"
"Sabemos que Maria foi a casa escolhida por Deus para que o Seu Verbo Se fizesse carne e habitasse no meio de nós (cf. Jo 1,14). O ouro é o mais nobre dos metais. Os cálices e patenas utilizados na Missa para a transformação do pão e do vinho em Corpo e Sangue do Senhor, são de ouro ou outro material nobre. Aquele metal nobre, na verdade é muito pobre, pois jamais poderá sentir o milagre que acontece ali. O ventre da Virgem Maria, ao contrário, não tinha a riqueza dos palácios, mas foi o espaço mais nobre da história, onde Deus construiu Sua primeira casa sobre a face da terra: uma Casa de Ouro.
No tempo de Jesus a “Casa de Ouro” era na verdade o grandioso Templo de Jerusalém. No lugar mais íntimo estava o Tabernáculo onde era guardada a Arca da Aliança. Diz o livro de Reis que “tudo no Templo era feito de ouro” (1Re 7,50). Por este motivo ele ficou conhecido como “Casa de Ouro”. A ladainha atribui este mesmo título à Virgem Maria por reconhecer que Ela é muito, mas muito mais do que Templo de Jerusalém.
A glória de Deus enchia o templo (cf. 2Cr 5,14). Mas quem lê atentamente o Antigo Testamento percebe que Deus não estava muito à vontade no meio de toda aquela riqueza. Ele preferia o coração das pessoas. Ninguém poderia aprisionar Deus em uma casa de pedra. Há um texto muito interessante do profeta Isaías que mostra esta realidade: “No ano da morte do rei Ozias, eu vi o Senhor sentado num trono muito elevado; as franjas do seu manto enchiam o templo” (Is 6,1). Estas franjas, na verdade, são pequenos ornamentos na extremidade do manto do sacerdote. São quase imperceptíveis. O profeta afirma que apenas as franjas já enchiam o majestoso templo. Ou seja, nem a imensidão daquelas paredes poderia conter Deus. Mas se no Templo de Jerusalém, só as franjas já enchiam todo o espaço, no pequeno ventre de Maria, Deus estava todo inteiro, na sua divindade e na sua humanidade, definitivamente inseparáveis para a nossa salvação. Esta é a verdadeira Casa de Ouro."
(...)
Casa de Ouro; Rogai por nós!
João, ficou muitíssimo boa a sua reflexão.
ResponderEliminarCordialmente, Alex.