EIS O MADEIRO DA CRUZ,
NO QUAL ESTEVE SUSPENSO O SALVADOR DO MUNDO.
VINDE, ADOREMOS!
* * *
Glória a Cristo que na Cruz
Nossas almas resgatou
Com o preço do Seu Sangue
Que por elas derramou.
Cobriu-se a terra de luto,
Rasgou-se no templo o véu,
Até as pedras se abriram
Quando o Salvador morreu.
Os amigos contemplaram
Seu Coração trespassado,
O Sangue e Água manando
Para nos lavar do pecado.
O discípulo que assiste
Ao instante derradeiro
Deixou este testemunho
Que é fiel e verdadeiro.
O centurião confessa:
Jesus é o Filho de Deus;
E o Pai eterno O contempla
Na majestade dos Céus.
Adoremos e louvemos
A Santíssima Trindade
Que pelos séculos reina
No esplendor da eternidade.
(Hino da Hora intermédia do Ofício Divino na Semana Santa)
* * *
Do Evangelho de São João:
Levando a cruz, Jesus saiu para o chamado Lugar do Calvário, que em hebraico se diz Gólgota. Ali O crucificaram, e com Ele mais dois: um de cada lado e Jesus no meio. Pilatos escreveu ainda um letreiro e colocou-o no alto da cruz; nele estava escrito: «Jesus, o Nazareno, Rei dos judeus». Muitos judeus leram esse letreiro, porque o lugar onde Jesus tinha sido crucificado era perto da cidade. Estava escrito em hebraico, grego e latim. Diziam então a Pilatos os príncipes dos sacerdotes dos judeus: «Não escrevas: ‘Rei dos judeus’, mas que Ele afirmou: ‘Eu sou o Rei dos judeus’». Pilatos retorquiu: «O que escrevi está escrito».
Quando crucificaram Jesus, os soldados tomaram as suas vestes, das quais fizeram quatro lotes, um para cada soldado, e ficaram também com a túnica. A túnica não tinha costura: era tecida de alto a baixo como um todo. Disseram uns aos outros: «Não a rasguemos, mas lancemos sortes,para ver de quem será». Assim se cumpria a Escritura: «Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sortes sobre a minha túnica». Foi o que fizeram os soldados.
Estavam junto à cruz de Jesus Sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto, Jesus disse a sua Mãe: «Mulher, eis o teu filho». Depois disse ao discípulo: «Eis a tua Mãe». E a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa.
Depois, sabendo que tudo estava consumado e para que se cumprisse a Escritura, Jesus disse: «Tenho sede». Estava ali um vaso cheio de vinagre. Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre e levaram-Lha à boca. Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou: «Tudo está consumado».
E, inclinando a cabeça, expirou.
Por ser a Preparação, e para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado, – era um grande dia aquele sábado – os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro, depois ao outro que tinha sido crucificado com ele. Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.
Aquele que viu é que dá testemunho e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que diz a verdade, para que também vós acrediteis.
(Jo. 18, 1- 19, 42)
Viva!
ResponderEliminarSó passei por aqui para fazer um pequeno comentário a este texto.
Adoro este hino "Cobriu-se a terra de luto". Isto cantado é magnífico. Aqui em Viana do Castelo é habitual ser cantado nas vésperas que antecedem a Procissão dos Passos. Na verdade a música está mesmo apropriada à letra.
Um abraço,
João N. A. de Pinho.