Senhor, ouvi a minha oração,e chegue até Vós o meu clamor.Não oculteis de mim a Vossa face na minha angústia.Inclinai para mim o Vosso ouvido.Quando Vos invocar, acudi-me prontamente,porque meus dias se dissipam como a fumaça,e como um tição consomem-se os meus ossos.A queimar como erva, o meu coração murcha,até me esqueço de comer o meu pão.A violência dos meus gemidos faz com que se me peguem à pele os ossos.Assemelho-me ao pelicano do deserto, sou como a coruja nas ruínas.Perdi o sono e gemo, como pássaro solitário no telhado.Insultam-me continuamente os inimigos, na sua ira atiram-me imprecações.Como cinza do mesmo modo que pão,lágrimas misturam-se à minha bebida,devido à Vossa cólera indignada,pois me tomastes para me lançar ao longe.Os meus dias se esvaecem como a sombra da noitee vou murchando como a relva.Vós, porém, Senhor, sois eterno,e o Vosso nome subsiste em todas as gerações.Levantai-Vos, pois, e sede propício a Sião;é tempo de compadecer-Vos dela, chegou a hora.Porque os Vossos servos têm amor aos seus escombrose condoem-se de suas ruínas.E as nações pagãs reverenciarão o Vosso nome,Senhor, e os reis da terra prestarão homenagens à Vossa glória.Quando o Senhor tiver reconstruído Sião,e aparecer na Sua glória,quando ele aceitar a oração dos desvalidose não mais rejeitar as suas súplicas,Escrevam-se estes factos para a geração futura,e louve o Senhor o povo que há de vir,porque o Senhor olhou do alto do Seu santuário,do Céu Ele contemplou a terra;Para escutar os gemidos dos cativos,para livrar da morte os condenados;para que seja aclamado em Sião o nome do Senhor,E em Jerusalém o Seu louvor,no dia em que se hão de reunir os povos,e os reinos para servir o Senhor.Deus esgotou-me as forças no meio do caminho, abreviou-me os dias.Meu Deus, peço, não me leveis no meio da minha vida, Vós, cujos anos são eternos.No início criastes a terra, e o céu é obra das Vossas mãos.Um e outro passarão, enquanto vós ficareis.Tudo se acaba pelo uso como um traje.Como uma veste, Vós os substituís e eles hão de desaparecer.Mas Vós permaneceis o mesmo e os Vossos anos não têm fim.Os filhos dos Vossos servos habitarão seguros,e a sua posteridade se perpetuará diante de Vós.Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.Como era no princípio, agora e sempre,pelos séculos dos séculos.Amén.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
SALMOS PENITENCIAIS - Salmo 101
à(s)
12:28
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Publicada por
O Insuspeito
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