sexta-feira, 29 de julho de 2011

Nossa Senhora chora pelo mundo!


Sob a direcção imediata da Irmã Lúcia, um artista esculpiu duas imagens, que correspondem o mais possível aos traços fisionómicos com que a Santíssima Virgem apareceu em Fátima. Ambas as imagens, chamadas "peregrinas", têm percorrido o mundo, conduzidas por sacerdotes e leigos. Uma delas foi levada recentemente [1972] a Nova Orleans. E ali verteu lágrimas.

O Pe. Romagosa, autor da crónica a que me referi, tinha ouvido falar dessas lacrimações pelo Pe. Joseph Breault, M. A. P., ao qual está confiada a condução da imagem. Entretanto, sentia ele muita relutância em admitir o milagre. Por isto, pediu ao outro sacerdote que o avisasse assim que o fenómeno começasse a acontecer.


O Pe. Breault, notando alguma humidade nos olhos da Virgem peregrina no dia 17 de Julho, telefonou ao Pe. Romagosa, o qual acorreu junto à imagem às 21h30, trazendo fotógrafos e jornalistas. De facto, notaram todos alguma humidade nos olhos da imagem, que foi logo fotografada. O Pe. Romagosa passou então o dedo pela superfície húmida, e recolheu assim uma gota de líquido, que também foi fotografada. Segundo o Pe. Breault, esta era a 13ª lacrimação a que ele assistia.

As 6:l5h da manhã seguinte, o Pe. Breault telefonou novamente ao Pe. Romagosa informando-o de que desde as 4 horas da manhã a imagem chorava. O Pe. Romagosa chegou pouco depois ao local, onde, diz ele, "vi uma abundância de líquido nos olhos da imagem, e uma gota grande de líquido na ponta do nariz da mesma". Foi essa gota, tão graciosamente pendente, que a fotografia divulgada pelos jornais mostrou ao nosso público.

O Pe. Romagosa acrescenta que vira "um movimento do líquido enquanto surgia lentamente da pálpebra inferior".

Mas ele queria eliminar dúvidas. Notara que a imagem tinha uma coroa fixada na cabeça por uma haste metálica. Ocorreu-lhe uma pergunta: "Não haveria sido introduzida, no orifício em que penetrava a haste, certa porção de líquido que depois escorrera até os olhos?"

Cessado o pranto, o Pe. Romagosa retirou a coroa da cabeça da imagem: a haste metálica estava inteiramente seca. Introduziu ele, então, no orifício respectivo, um arame revestido de papel especial, que absorveria forçosamente todo líquido que ali estivesse. Mas o papel saiu absolutamente seco.


Ainda não satisfeito com tal experiência, introduziu no orifício certa quantidade de líquido. Sem embargo, os olhos conservaram-se absolutamente secos. O Pe. Romagosa voltou então a imagem para o solo: todo o líquido colocado no orifício escorreu normalmente. Estava cabalmente provado que do orifício da cabeça - único existente na imagem - nenhuma filtração de líquido para os olhos, seria possível.
O Pe. Romagosa ajoelhou-se. Enfim ele acreditara.

O misterioso pranto mostra-nos a Virgem de Fátima a chorar sobre o mundo contemporâneo, como outrora Nosso Senhor chorou sobre Jerusalém. Lágrimas de afecto terníssimo, lágrimas de dor profunda, na previsão do castigo que virá.

Virá para os homens do século XXI, se não renunciarem à impiedade e à corrupção. Se não lutarem especialmente contra a autodemolição da Igreja, a maldita fumaça de Satanás, que no dizer do próprio Papa Paulo VI, penetrou no recinto sagrado.


Ainda é tempo, pois, de sustar o castigo!

Não é preferível - pergunto - ler hoje este artigo sobre a suave manifestação da profética melancolia da nossa Mãe do Céu, a suportar os dias de amargura trágica que, a não nos emendarmos, terão que vir?

Se vierem, tenho por lógico que haverá neles, pelo menos, uma misericórdia especial para os que, na sua vida pessoal, tenham tomado a sério o milagroso aviso de Maria.


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