Na verdade, há muitos neste mundo, e neste país, que têm vergonha de serem chamados de católicos. Mesmo que não o sejam. Pessoas para quem o ser católico é quase como ser leproso: distância, ou então aproximarem-se com medidas de isolamento de contacto.
Um dos motivos pelos quais as pessoas não querem, não gostam ou se envergonham de se identificar como católicos é o facto de a Igreja não ser como elas: De mente tão aberta que lhes cai o cérebro no chão. De facto, a maioria das pessoas identificar-se-ia com uma Igreja mais "aberta", menos "fria e retardada", mais "actualizada", enfim, uma igreja (sem maíuscula) que se adaptasse às modas do mundo...
Considero que esta opinião reflecte a (des)doutrinação que estas pessoas receberam e a cultura demasiado geocêntrica em que se vive. Primeiro porque os católicos deviam saber, desde a catequese qual é a missão da Santa Igreja no mundo: Dar testemunho da Verdade - de Jesus Cristo - evangelizando, para que os homens se salvem.
É, na verdade, a salvação das almas o verdadeiro objectivo e verdadeira missão da Igreja. Não é seu objectvo último acabar com a fome no mundo, nem acabar com as guerras e dar a paz ao mundo inteiro. Óbvio que a Igreja deve colaborar para minimização do sofrimento humano, mas sempre como meio e nunca como fim. O fim é a santificação e a salvação das almas. É para isso que a Igreja luta. É para isso que a Igreja se faz ouvir.
As guerras, a fome, a falta de bens económicos, as doenças... são males que Deus permite que existam no mundo. São males humanos. São males que derivaram da decadência do homem e que remontam, em última análise, ao Jardim do Éden, quando o pecado original levou o homem a esta decadência. Assim, as consequências da desobediência do primeiro homem e da primeira mulher ainda hoje se fazem sentir.
Os males que Nosso Senhor, através da Sua Igreja, deseja minimizar ou acabar, no mundo, são os males das almas. São estes que mais interessam, ou deveriam interessar aos católicos. Mais que a saúde do corpo, interessa a saúde da alma. O eterno deve ser sempre preferível ao temporário. Uma Igreja que se preocupasse apenas em acabar com a fome no mundo, com a guerra, com as doenças...não seria uma Igreja de origem Divina, mas de origem humana. Seria mais ou menos a ONU. Porque o foco de atenção seriam os problemas do mundo, os problemas da carne, do corpo, o bem-estar temporário, o bem-estar temporal.
Mas a Igreja ensina que o verdadeiro bem-estar, a verdadeira saúde, a verdadeira paz, a verdadeira vida não é deste mundo, mas do outro.
Acaso nos lembramos ainda da catequese, que nos ensina os três inimigos da alma?
O mundo;
O Demónio;
A carne.
Por não sermos do mundo, por pertencermos à Igreja, visível neste mundo mas que existe muito para além dele, é que devemos lutar contra o mundo tal como no-lo querem apresentar, de uma maneira utópica: Sem guerras, sem doenças, sem fome, sem tristezas....mas sem Deus.
Ora, isso é impossível. Sendo Deus a fonte de todos os bens, o Bem por excelência, a sociedade só pode aspirar por um mundo ideal quando desejar esses bens como vindos de Deus. Sem Deus, tudo o que aparenta ser belo é uma ilusão, bem ao gosto do autor do mal.
Mas muitos católicos preferirão acomodar-se, em nome do argumento-mor do respeito humano, do "não ferir susceptibiliades" e - com medo de querer ser rotulado de conservador, membro da Opus Dei, quadrado, retrógada e até mesmo simplesmente de católico - não darem o testemunho, tão preciso nos dias de hoje, de fiéis soldados de Cristo e defensores da Fé da Santa Igreja Católica Apostólica Romana.
Ou por medo, ou por vergonha...
Ou por ignorância, ou por rebeldia...
Ou por amor aos bens materias, mais que aos espirituais...
Que Nossa Senhora, Virgem Poderosa, nos torne cristãos corajosos e sem medo, orgulhosos do grande dom que Deus nos deu de pertencer à Sua Santa Igreja.
Omnes, cum Petro, ad Iesum per Mariam!
adoreeeeeeeei falou tuuuudo
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